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Convulsão nos pets: Saiba as causas, sintomas e possíveis sequelas

A convulsão nos pets, mesmo não sendo necessariamente uma doença, pode gerar graves sequelas. Por conta disso, uma especialista em neurologia veterinária explica os principais fatores e os cuidados necessários.

19 Ago 2022 - 14h37 | Atualizado em 19 Ago 2022 - 14h37
Convulsão nos pets: Saiba as causas, sintomas e possíveis sequelas Lorena Bueri

Mesmo não sendo necessariamente uma doença, as convulsões nos pets podem deixar sequelas graves e irreversíveis, independente da idade do animal. Caso ocorra, é necessário tomar providências imediatamente, evitando assim que algo mais grave ocorra futuramente. Segundo a médica veterinária especializada em neurologia, Fernanda Távora, as crises convulsivas são distúrbios neurológicos que acontecem com certa frequência nos pets. "Se for uma anomalia congênita, geralmente acontece com menos de um ano de vida. Se for uma alteração degenerativa como a Síndrome da Disfunção Cognitiva, conhecida como Alzheimer, ou mesmo uma neoplasia cerebral, ocorre em animal idoso", explicou ela, em entrevista ao G1.

É importante ressaltar que algumas crises podem ser mais fortes que as outras, e que uma crise não é um diagnóstico, e sim uma manifestação clínica, por isso é necessária uma intervenção médica para obter um resultado e um diagnóstico preciso, podendo assim manter um controle da forma correta. De acordo com a veterinária, as raças que estão mais pré-dispostas a terem alguma crise ao longo da vida, são: Beagle, Border Collie, Boxer, Cocker Spaniel, Collie, Dachshund, Dálmata, Golden Retriever e Husky Siberiano. Mesmo sendo as raças com maior facilidade, a condição pode afetar qualquer pet, tanto canino quanto felino, e para identificar a causa é preciso que o tutor e o veterinário trabalhem juntos. "Uma força-tarefa para entender as possíveis causas que podem ser desde uma doença infecciosa, malformações congênitas, contato com agentes tóxicos, idiopáticas (sem causa definida), e até um tumor cerebral", disse a veterinária.


Lilica, à esquerda, e Meg, à direita. As duas são da raça Maltês e tiveram convulsão. (Imagem/Reprodução: Arquivo Pessoal/ G1)


Fatores que influenciam

Além das raças, vários fatores podem influenciar para que seu pet tenha uma crise, entre eles estão: visitas em casa, mudança de rotina, lugares desconhecidos, sono alterado, mudança de clima, medo, exercício intenso, doenças, dor, mudança alimentar, entre outras coisas. A veterinária ainda explica que o diagnóstico depende de várias coisas e que seria necessário obter um histórico com vídeo de alguma das crises, exame físico neurológico completo, avaliação laboratorial, coleta do líquido cerebrospinal com envio da amostra para identificação do agente causal, exames de imagem avançado como tomografia computadorizada e ressonância magnética e eletroencefalograma. Em sua rotina, Fernanda explica que os principais acontecimentos são dos cães que nasceram com malformações como a hidrocefalia, ou os que foram atingidos pela cinomose canina, por exemplo. Já no caso dos gatos, os principais pacientes com a condição são aqueles que possuem doenças infectocontagiosas e traumas.

“A família precisa receber orientação do que fazer durante uma crise. Sempre explico para nunca colocar a mão na boca do animal a fim de segurar a língua, porque, além de não existir o risco de engasgo, o dono corre o risco de ser mordido. Se possível, deitar o animal em decúbito lateral e proteger a cabeça com travesseiros", afirma a profissional, e completa:  "É importante ressaltar que diversos distúrbios podem ser confundidos com crises, são eles: síncope, dor, distúrbios de movimento como narcolepsia, miastenia gravis e transtornos comportamentais". Confira um vídeo no YouTube da Rede Formar Ensino Profissionalizante sobre como diminuir o sofrimento do pet no momento da convulsão:


(Vídeo/Reprodução: YouTube)


Cuidados

Fernanda comenta ainda que o objetivo do tratamento é fazer com que as crises diminuam a frequência e a gravidade, para que não acabe comprometendo a vida do animal e da família, e que esse tratamento depende da causa primária. A veterinária deu um exemplo do caso: "Se um animal com hidrocefalia receber apenas o medicamento antiepiléptico, não será o suficiente, porque é preciso associar outros fármacos para reduzir a quantidade de líquor (líquido cerebrospinal)", disse ela.

A profissional também alerta para que prestem atenção na frequência em que as crises ocorrem, pois, quanto maior o número de crises mais aumenta a chance do animal desenvolver alguma sequela grave, podendo ser também irreversível, como danos cerebrais e possível risco de morte. Mesmo que o seu pet tenha crises convulsivas, ele ainda pode levar uma vida normal se o tratamento for correto.

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Foto Destaque: Cachorro. Imagem/Reprodução: Instagram/@ maggieandherdads

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