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Como os vídeos curtos do TikTok afetam os jovens

Um estudo realizado em uma Universidade chinesa descobre que os vídeos curtos do TikTok despertam uma sensação de prazer muito rápida, o que acaba afetando na concentração para objetivos mais complexos

06 Abr 2022 - 10h36 | Atualizado em 06 Abr 2022 - 10h36
Como os vídeos curtos do TikTok afetam os jovens Lorena Bueri

Estudos apontam que a rede social TikTok ativa áreas conectadas à sensação de prazer. De acordo com especialistas, essa velocidade de ativação prejudica uma mudança de foco para atividades com maior grau de complexidade. 

O TikTok possui um formato que abrange vídeos curtos - em média 15 segundos -, edições cativantes e músicas viciantes. Devido a prioridade de conteúdo da plataforma, um grupo, majoritariamente composto por jovens, adere a plataforma; dessa maneira, a levando ao topo do ranking de aplicativos mais baixados. O público-alvo dessa plataforma gasta horas atrás das telas, e o estudo desenvolvido pelos cientistas da Universidade de Zhejiang, China, explicam o porquê dessa eventualidade. 

O estudo em questão foi publicado pela revista científica Neurolmage. Entre os resultados da pesquisa, os especialistas notaram que pontos do cérebro, ligados ao sistema de recompensa, são ativados durante o uso do aplicativo - despertando de maneira rápida uma sensação de satisfação e prazer no usuário. 


TikTok se tornou o site mais acessado em 2021 (Foto: Reprodução/Getty Images)


Esse estudo utilizou como base os exames de ressonância magnética cerebral, aplicando em uma população de 30 pessoas enquanto assistiam dois vídeos de categorizações diferentes: vídeos estritamente personalizados pelo algoritmo da plataforma do TikTok; vídeos genéricos, que são exibidos aos usuários quando a plataforma desconhece suas preferências. 

Adentrando as partes ativadas pelo cérebro durante a experiência dos vídeos personalizados, fica em evidência a área conhecida como tegmental ventral (ATV), sendo ligada a um dos centros dopaminérgicos principais do organismo, é, também, situado como o início do circuito de recompensa. Isso ocorre, pois, essa região libera dopamina, e ao chegar na região do córtex pré-frontal, ela ativa a sensação de prazer. 

"Então, quando o jovem está assistindo a um vídeo no TikTok, o cérebro dele recebe uma enxurrada de dopamina que faz com que ele se sinta feliz, alegre, satisfeito. O problema é que, quanto mais dopamina o cérebro recebe, mais ele quer, aí ele acaba entrando em um estágio de saturação em que essas ‘doses’ vão precisar ser cada vez maiores", diz a psicóloga e especialista em criança e adolescência, Manuela Santo. 

 

Foto Destaque: TikTpl. Reprodução/SOPA images.

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