Mundo Pet

Como manter os pets hidratados com a ajuda da alimentação?

Através de alimentos úmidos, tutores podem ajudar cães e gatos no consumo ideal de água e evitar doenças

20 Jan 2023 - 10h45 | Atualizado em 20 Jan 2023 - 10h45
 Como manter os pets hidratados com a ajuda da alimentação? Lorena Bueri

Chegamos à estação mais quente do ano: o verão. E assim como nós, humanos, os pets também sentem a necessidade de mais hidratação neste período. Mas por mais que os tutores espalhem diversos potinhos de água pela casa, nem sempre os animais conseguem ingerir a quantidade ideal que deveriam, o que pode resultar em desidratação, além de aumentar as chances de desenvolverem tanto infecções de urina quanto cálculos urinários, principalmente no caso dos gatos. Por isso, há outras maneiras dos tutores ajudarem os animais a consumir a quantidade adequada de água: uma delas é através da alimentação. Oferecer alimentos úmidos, os sachês, de qualidade e com alto teor de água, é a forma mais eficiente para contribuir com esse consumo, além de ser altamente saboroso até para os paladares mais exigentes.

"Muita gente não sabe, mas a alimentação também pode ser uma fonte de água, além do consumo espontâneo. Por isso, atualmente no mercado existem sachês com alto teor de água e formulados especificamente para serem oferecidos compondo a dieta junto com a alimentação seca, justamente para auxiliar tutores que lidam com os desafios de hidratar seus pets de maneira adequada. Um sachê pode chegar a 80% ou mais de água, por exemplo. É uma dica que além do benefício de auxiliar na saúde urinária de cães e gatos, ainda é atrativa para os animais, por ser um alimento muito saboroso e por isso de fácil aceitação, o que é importante principalmente agora no verão, porque alguns animais podem ter mais dificuldade para comer o alimento comum em dias de muito calor", explica a médica veterinária da GranPlus, Mayara Andrade, lembrando que uma perda mínima de água já é suficiente para o pet ter complicações, o que é ainda mais grave no caso de filhotes e idosos, que são mais sensíveis à desidratação.

Além da alimentação, no dia a dia, para estimular o consumo voluntário de água, a veterinária recomenda que o ideal é mantê-la limpa e fresca à disposição do pet, em diversos potes espalhados pelos cômodos da casa, evitando, por exemplo, que animais mais sedentários não consumam água por terem que se locomover mais. Em dias mais quentes, a adição de cubos de gelo nos potes de água também pode ser uma maneira divertida e eficiente de estimular o consumo, principalmente de gatos, que são animais curiosos. Outra dica, no caso dos felinos, é optar por potes com aberturas mais largas, para que as bordas não entrem em contato com os bigodinhos deles, já que é uma parte sensível deles e pode trazer incômodos, fazendo com que os gatos evitem consumir água. Alguns gatos podem ainda ter a preferência por água corrente, nesse caso, fontes de água sem efeitos sonoros podem ser boas opções.

Cães e gatos agem diferente quando sentem sede

A água é de extrema importância para manter ativas diversas funções do organismo tanto dos gatos quanto dos cães, como por exemplo na digestão, além de compor grande parte da massa corporal e auxiliar na saúde do trato urinário superior e inferior. Mas eles agem diferente quando estão com sede, por isso, os tutores precisam ficar atentos às necessidades de cada animal.

O consumo de água por parte dos cães, por exemplo, acontece na maioria das vezes de maneira voluntária, atingindo seu consumo total ao longo do dia, e assim como humanos, cães geralmente costumam beber água após as refeições e a prática de exercícios físicos. Em dias mais quentes eles costumam beber mais água por causa das altas temperaturas.

Já os gatos nem sempre apresentam esse comportamento. Isso acontece porque os felinos descendem de regiões desérticas e passaram por longos períodos de indisponibilidade de água. Com isso, eles desenvolveram a capacidade de concentrar muito a urina em comparação a outras espécies e aos humanos.

"Os gatos apresentam uma resposta à sede diferente de outros animais, ou seja, nem sempre procuram fontes de água ao sentirem sede. Por isso, para evitar a desidratação, os gatos acabam retendo a urina e, consequentemente, assim como em humanos, passam a ter uma urina mais concentrada, aumentando a chances de desenvolverem tanto infecções de urina quanto cálculos urinários. Ter um consumo diário de água adequado é fundamental para eles", explica Mayara.

Como incluir os sachês na dieta dos pets e quais os cuidados

Os sachês são uma forma de variar o cardápio dos pets. Quando completos e balanceados, eles contêm todos os nutrientes essenciais para a saúde dos animais e, portanto, podem ser incluídos de forma saudável na alimentação do dia-a-dia de cães e gatos, sendo utilizados como recompensa ou agrado, compondo a refeição junto ou separado do alimento seco. É uma forma, também, de criar diversas texturas, o que é altamente atrativo para os pets.

Vale lembrar que, no caso dos gatos, eles têm um período de socialização na infância, quando é mais fácil eles aceitarem os alimentos que são oferecidos. Por isso, essa é a melhor fase para "apresentar" o alimento úmido, para que eles não criem uma resistência quando adultos.

Outro cuidado importante com os sachês está relacionado à conservação: após a abertura de sua embalagem, é recomendado manter o alimento sob refrigeração, consumindo em até 48 horas.

A veterinária ainda desmistifica um mito de que os sachês têm muito sódio, o que não é verdade. O sódio é um nutriente essencial para diversas funções do organismo e os sachês apresentam quantidades adequadas para os pets, que não necessariamente são as mesmas quantidades consideradas adequadas para os seres humanos. "Quando olhamos a tabela nutricional no verso da embalagem, o erro está em ler as quantidades sem se ater ao tamanho da porção. Por padrão da indústria, a tabela nutricional de produtos pet é com base na composição por quilograma (kg). Neste caso, por exemplo, 400mg não é um teor alto se falarmos em 1kg de produto", explica.

É importante ressaltar ainda que um veterinário deve ser sempre consultado para orientar o melhor tipo de alimentação para cada pet, assim como em qualquer caso de sintoma de desidratação ou infecção urinária.

Foto Destaque: Reprodução

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