Após o Talibã voltar, depois de 20 anos, famílias se sentem felizes e esperançosas com a novo governo e com sua nova situação. Em áreas mais abandonadas, a população espera que o novo governo traga mais segurança e menos corrupção para eles.
Túmulos dos combatentes talibãs mortos são decorados com bandeiras por seus adoradores. Em Dashtan, uma cidade isolada na província de Balkh, norte do país, como em outras áreas mais pobres, os moradores começam se preparam para o inverno, secando excremento de animais para usá-lo como combustível para aquecimento e cozinha. A população espera que o problema da pobreza seja resolvido pelo Talibã.
Criança em uma plantação de algodão (Foto: Reprodução/AFP)
Farima de 26 anos diz que no período das guerras, ela não saia de casa pois tinha medo de se machucar e de ser bombardeada. Agora com o fim das guerras, ela trabalha em uma plantação de algodão junton com outras mulheres e crianças. Mas Farima ainda acrescenta que nada mudou. Ela diz "O que mudou?Continuamos sem emprego e ainda não temos o que comer." Mesmo a volta do Talibã sendo boa para alguns, muitos não percebem que o Talibã agravou a crise econoômica do país. E o mesmo ainda sofre com as consequências da Covid-19 e das secas que aconteceram.
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Maky, de 72 anos moradora de Dashtan, diz “Eu daria tudo pelo Talibã. A guerra acabou, e estamos felizes com o Talibã.” Já Hajifat Khan, de 82 anos diz, “Os homens e mulheres da aldeia, jovens e velhos, apoiam o Talibã. Agora não há mais infiéis.”
Na província vizinha de Samangan, Noor Mohammad Sedaqat, de 28 anos, diz ao lado de seus noves filhos: "Se apoiávamos um lado, nos atacava e vice-versa. O que podemos fazer? Como vamos sobreviver? Se cuidarem dos pobres, seremos felizes, mas não se nos pisotearem." Mohammad tem esperança de que Talibã seja reconhecido e assim o comércio volte a ser gradificante como antes.
Foto Destaque: Crianças plantação de algodão no Afeganistão. Reprodução/AFP