Saúde

Cientistas afirmam que governo Bolsonaro foi péssimo para a pesquisa científica no país

Pesquisadores alegam que não houve manutenção em equipamentos essenciais, laboratórios destruídos, além de toda uma propaganda anticiência o que fez com que jovens pesquisadores fossem para outros países realizar projetos.

17 Abr 2023 - 10h40 | Atualizado em 17 Abr 2023 - 10h40
Cientistas afirmam que governo Bolsonaro foi péssimo para a pesquisa científica no país Lorena Bueri

Nunca foi tão difícil ser cientista no Brasil, é o que afirmam pesquisadores em sua maioria ouvidos pela reportagem do programa Fantástico da Rede Globo. Na reportagem que foi ao ar no último domingo (16), todos os ouvidos afirmaram categoricamente que os últimos 4 anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram os mais difíceis e os mais pesados para a ciência. O aumento do sentimento da população contra a ciência, de que ela não serve para nada, e, segundo os pesquisadores, há um orgulho de ser ignorante por parte dos seguidores do ex-presidente.

A forte propaganda contrária de Bolsonaro fez com que grande parte da população tivesse aversão a ciência, gerando com isso, por parte do governo passado um corte de verbas para a ciência nunca antes visto no Brasil.

As pesquisas no Brasil são em sua maioria financiada com dinheiro público, seja estadual ou federal, e engloba cerca de 95% dos projetos. Para estimular a pesquisa existe um órgão federal chamado Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnólogico, o CNPQ, no qual oferece bolsas a estudantes e pesquisadores, desde a graduação até o pós-doutorado, porém desde 2019 as bolsas concedidas a pós-graduação caíram cerca de 53%, de 8600 bolsas para 4021. Já as bolsas de mestrado em 2019 foram concedidas 8400, em 2022 esse número era de 6759, uma queda de 20%.


Estudos cientificos (Foto: Reprodução/Twitter)


Foram 10 anos sem reajustes, porém no fim do governo Bolsonaro, em seu pacote de bondades para tentar reeleição, houve um pequeno aumento. Os cortes vêm desde 2016, durante o governo Michel Temer.

Procurado pela reportagem, o ex ministro da Ciência e Tecnologia e atual Senador da república, o astronauta Marcos Pontes se defendeu dizendo que "os recursos para o MCTI aumentaram bastante de 2018 até 2022" e que "Conseguimos a duras penas pagar todas as bolsas em 2019 sem atrasar nenhum dia e sem cortar nenhuma bolsa", complementando que "durante a pandemia, tivemos um extra de 1 Bi para ações de vacinas e outros projetos" e "Para compensar o baixo orçamento da União, acotovelado com outros ministérios, buscamos mais duas fontes, recursos privados e liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia,o FNDCT".


Marcos Pontes, atual senador ex ministro da Ciência e Tecnologia do Governo bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter)


Com essa crise e a falta de investimento em pesquisa nos últimos anos, existe uma fuga de estudantes após a graduação no país por conta de falta de vagas e projetos de pesquisas. Muitos vão para fora buscar oportunidades e assim o país vai perdendo os melhores profissionais. Eles alegam que não tem perspectiva de volta ao país, pois além de receber em dia, ainda não foi retomado por completo por parte do novo governo, que completou 100 dias na última semana, os projetos de pesquisa.

Outra queixa importante feita pelos cientistas é da falta de manutenção em equipamentos, seja do mais básico, como um ar-condicionado, até aos mais complexos, como microscópios, freezer de resfriamento em baixíssimas temperaturas e insumos. Professores por vezes tiveram que recorrer a vaquinhas entre pessoas que gostariam e podiam ajudar ou tirar do próprio bolso para ter o mínimo para executar seu trabalho.

A alegação por parte do governo anterior é de que as peças são caras e existem somente assistência técnica fora do país.

O Professor do departamento de química da UFPR, Aldo Zarbin, afirma que " se tivermos um investimento continuado, a diferença que faríamos seria absurda".  Sobre o descaso do governo de Jair Bolsonaro, o atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, Renato Janine Ribeiro afirma que " O governo Bolsonaro deixou um desafio gigante, pois terão que reconstruir uma série de instituições, ou condutas e hábitos que foram detonados".

Professores, estudantes e pesquisadores aguardam por parte do governo Lula, uma retomada em projetos parados e que novos surjam, além de melhor reconhecimento por parte destes. Segundo os professores, é fundamental que haja diálogo com a população para que esse sentimento anti-ciência seja minimizado e passem a apoiar mais aos jovens cientistas.

Foto Destaque: Cientistas trabalhando em projetos. Reprodução/Twitter.

Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo