Esportes

Campeonato virtual de surf : A nova onda pós pandemia

O projeto Shaka Girls ajuda meninas de todo o Brasil a terem a oportunidade de participar de competições independente do lugar. A criadora do projeto tem como propósito a visibilidade feminina no surfe.

11 Out 2022 - 18h30 | Atualizado em 11 Out 2022 - 18h30
Campeonato virtual de surf : A nova onda pós pandemia Lorena Bueri

Começou ontem (10), a quarta edição do "Shaka Girls", um campeonato virtual de surf feminino. A construção desse tipo de competição começou a surgir no início da pandemia, uma vez que a falta de eventos e de viagens por conta do covid 19, afetou a saúde mental e a vida daqueles que têm o surfe como algo essencial no  seu dia a dia. A competição é feita com vídeos enviados pelas próprias participantes, e a votação pode ser feita por jurados ou por votação do público em redes sociais. 

Yanca Costa, surfista que atualmente está representando o Brasil nos jogos mundiais de surf, é a criadora do campeonato. A organizadora conta que a ideia facilita a participação e a visibilidade de meninas de todo Brasil: "Sempre que a gente faz o campeonato, tem milhões de pessoas assistindo, e tenho certeza que aumenta o engajamento delas, que é o nosso maior propósito. Eu vejo que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço dentro do surfe e nas confederações. Estamos evoluindo bastante! Temos uma galera muito boa para representar as meninas dentro do surfe!".

Na primeira fase do campeonato, cada menina deve enviar um vídeo surfando até 15 minutos para ser analisado. Já na Semifinal, o vídeo chega a ser de um minuto, e os votos são feitos por salvamento, aumentando ainda mais a torcida de quem acompanha as atletas. Alexia Monteiro, participante do campeonato de Yanca, comenta sobre as diferenças de participar de um campeonato virtual: "A experiência é estranha (risos), mas é bem legal! Você manda suas ondas e foca nos seus treinos para mandar a melhor, e foi por onde eu me classifiquei para o primeiro campeonato de piscina de ondas. Lembro até hoje, que chorava para conseguir a vaga."


Regras do campeonato (Imagem: Reprodução/instagram).


O surfe no Brasil, assim como muitos esportes, ainda é um ambiente muito masculino. Só em 1990 tivemos a primeira surfista brasileira na disputa em uma etapa do Circuito Mundial: Brigitte Mayer. A surfista abriu caminho para que outras mulheres tivessem a possibilidade de  entrar nesse mundo. Além disso, as questões relacionadas à ideia de ter um corpo ideal pode afetar a escolha de quem quer seguir carreira no esporte. 

 Para Juliana Gomes, aluna da escola Gaia Surfe, esse é um problema bem recorrente:  "Algumas meninas já chegaram a me dizer algumas vezes que teriam vergonha de surfar por conta do corpo, porque de uma certa forma,você acaba se expondo ao ficar de biquíni, e eu diria que quase nenhuma mulher  é tão confortável com o próprio corpo. Mas isso não pode ser um fator que determina o que você vai fazer na sua vida!". A surfista garante que não é preciso ter um corpo perfeito ou habilidades perfeitas para praticar o esporte. Agora, com os campeonatos virtuais, um novo caminho se abre para a participação feminina no surfe em todos os lugares do Brasil. 

 

 

 

Foto de capa: Alexia Monteiro. Foto/reprodução: Acervo de pessoal de Alexia Monteiro. 

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