O prazer é sentido, principalmente, por meio da ação de um neurotransmissor chamado dopamina, que atua entre as conexões neurais do cérebro, trazendo sensações de deleite, no entanto, há um problema em estímulos excessivos gerados por dopamina, os mesmos circuitos nervosos que respondem pela sensação realização plena, também são responsáveis pelo sofrimento, recorrer muitas vezes a “válvulas de escape” pode bagunçar essa linha tênue.
A sociedade atual influencia a população a buscar “micro-prazeres” constantemente, essa prática nos faz ter mais dificuldades para lidar com as dores do corpo e da mente, as chamadas “drogas digitais” são as que mais contribuem para esse cenário, o acesso em intervalos cada vez menores às redes sociais, por exemplo, permeia o dia com “pílulas de dopamina”, que a longo prazo podem desencadear vários problemas, inclusive a dependência.
Neurotransmissores (Foto: Reprodução/Anatomia de uma leitora)
Quando realizamos atividades prazerosas, nosso corpo libera a dopamina, quando isso acontece em uma frequência excessiva, a estimulação agressiva à dopamina pode gerar dependência, quando o neurotransmissor está desregulado, isso pode ser mais frequente em períodos onde a pessoa está mais triste, pois ela se torna mais vulnerável a buscar sensações satisfatórias constante.
Existe uma técnica chamada “Jejum de dopamina”, que consiste em abdicar voluntariamente às coisas que trazem prazer ou então reduzir drasticamente esses estímulos.
Os adeptos desta prática acreditam que interrompendo as atividades do neurotransmissor ,por meio da ausência total de estímulos prazerosos, o corpo se tornaria mais sensível à substância e o praticante obteria alegria com coisas simples, realizando uma espécie de “detox dopamínico” no organismo.
A técnica é radical, mas o princípio utilizado por ela pode ser facilmente implantado no cotidiano, reduzindo práticas estimulantes de dopamina realizadas em excesso, evitando assim o vício, sentir sensações de prazer e satisfação é muito benéfico à saúde se obtidas sem excessos, o equilíbrio é a chave.
Foto Destaque: Mulher usando lupa e sorrindo. Reprodução/UOL