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[CRÍTICA] ‘Com Carinho, Kitty’ mescla características ocidentais e orientais e deixa brechas para uma segunda temporada

“Com Carinho, Kitty” Spin-off de "Para Todos os Garotos que Já Amei", está disponível na Netflix. A trama acompanha as aventuras amorosas e familiares de Kitty Song Covey em seu ensino médio na Coreia do Sul.

20 Mai 2023 - 10h00 | Atualizado em 20 Mai 2023 - 10h00
[CRÍTICA] ‘Com Carinho, Kitty’ mescla características ocidentais e orientais e deixa brechas para uma segunda temporada Lorena Bueri

Na última quinta-feira (18), os fãs da trilogia do querido “Para Todos os Garotos que Já Amei” tiveram motivos para comemorar e matar a saudade da irmã cupida da Lara Jean. A Netflix lançou o spin-off intitulado “Com Carinho, Kitty”, que conta com dez episódios, acompanhando as aventuras da casamenteira Covey, na Coreia do Sul.

A série até tentou seguir os clichês dos famosos k-dramas coreanos. Porém, quem acompanha esse universo pode observar que o spin-off tentou mesclá-los com os padrões de séries dos Estados Unidos. Ainda assim, era óbvio que estávamos assistindo uma série ocidental.


Trailer de "Com Carinho, Kitty" (Reprodução/Youtube)


Em “Com Carinho, Kitty”, escrita e idealizada por Jenny Han, mesma autora da saga original, acompanhamos Katherine Song-Covey - para os amigos, Kitty - embarcando em uma nova aventura. Após ter sido a cupida oficial da sua irmã Lara Jean e ajudar o seu pai a se casar novamente, chegou a vez de ela viver seu primeiro romance e começar escrever sua própria história. No entanto, ela logo descobre que o amor é muito mais complicado quando é o seu próprio coração que está em jogo.

Para isso, ela se inscreve em um intercâmbio para a Coreia do Sul e passa a estudar na escola KISS (Korean Independent School of Seoul). O primeiro episódio mostra as diferenças culturais de uma adolescente estadunidense em um país totalmente diferente.

Durante todos os dez episódios, acompanhamos Kitty em várias situações, onde a adolescente não consegue se comunicar em coreano visto que, em muitos lugares da Coreia do Sul, não fala inglês. Em outra situação, por falta de conhecimento com o idioma coreano, seu sobrenome ‘Song’ é confundido com sobrenome masculino e, por isso, Covey para no dormitório errado.

Kitty foi para Coreia para viver seu romance com Dae, mas assim que chega de surpresa, descobre que seu namorado está com Yuri. O que Kitty não sabe é que não passa de um relacionamento falso, mas como ela é esperta e nota tudo que estar ao redor dela, acaba por descobrir rapidamente. Outro motivo que faz ela querer continuar na Coreia é o passado misterioso de sua mãe.

Com dez episódios de trinta minutos e uma história clichê de adolescente, não tem como ficar no tédio ao assistir esse spin-off, pois a trama deixa um final sempre com uma reviravolta. O único defeito da produção foi tentar tirar a essência da personagem Kitty.


Kitty e Yuri (Foto: Divulgação/Netflix) 


Quem acompanhou Katherine nos filmes da saga de “Para todos os garotos que já amei”, onde foco é sua irmã, Lara Jean, a caçula da família Covey sempre foi determinada e decidida. Em “Com carinho, Kitty”, esperávamos nossa adolescente mais determinada a viver e lutar pela sua história de amor, mas a produção mudou totalmente a essência da personagem, tirando essa imagem que temos de Kitty no decorrer da série. Ela chega a ficar confusa com seus sentimentos e acaba sentindo algo pela amiga Yuri

Chegamos em um ponto crítico e confuso da série por qual motivo a Netflix faz com que ela se sinta confusa entre Dae e Yuri. Para quem conhece um pouco da Coreia do Sul, diferentemente de outros países asiáticos, há um lado mais forte com o cristianismo no país. É nesse momento que quem está assistindo começa a ficar confuso se a produção realmente desenvolve uma produção coreana ou sequer deixa claro que o objetivo seria levar os conceitos ocidentais.

 

Personagens

Os personagens principais e secundários aparentam uma certa química, entregando o que se espera para série com um público específico. Min Ho, colega de quarto de Dae, conquistou o público antes mesmo do lançamento oficial da série, com os episódios lançados, temos a certeza que Min Ho consegue ser mais cativante que o próprio par romântico de Kitty. Em certo momento, era possível esperar por um triângulo amoroso entre eles, mas a Netflix não soube aproveitar e criou uma relação confusa entre Kitty, Dae e Yuri

Outro personagem interessante é Q, que se tornará melhor amigo e confidente de Kitty. Juntos, eles vão compartilhar suas frustrações e anseios de amores não correspondidos.

Um dos pontos positivos foi a trilha sonora conta com várias canções de grupos de K-pop como BTS, BLACKPINK, SEVENTEEN e outros. Além disso, a trilha sonora inclui artistas canadenses, britânicos e mais.

 

Enredo para segunda temporada

O Final de “Com carinho, Kitty” deixou um ar de próxima temporada e isso é o que se espera.  Confira alguns pontos para serem esclarecidos em uma futura segunda temporada:

 

Kitty volta para Kiss?

No final da temporada, vemos nossa turista sendo expulsa da escola KISS. A expulsão ocorre devido à violação das regras ao ficar hospedada no dormitório dos meninos. No entanto, a possibilidade da nossa adorável cupida retornar à KISS é deixada em aberto, já que Yuri, sua amiga, pede à mãe que reconsidere a expulsão. Considerando a melhora do relacionamento entre Yuri e sua mãe, é provável que ela encontre uma maneira de trazer Kitty de volta.

 

Kitty e Dae

Apesar de uma tentativa de reconciliação no aeroporto, Kitty decide terminar o relacionamento, com Dae, pois percebe que seus sentimentos estão confusos ainda. Dae aceita a decisão dela, embora espere uma possível reconciliação no futuro.

 

Min Ho e Kitty

Fica incerto se Kitty tem sentimentos recíprocos por Min Ho, um dos melhores amigos de Dae. Desde o primeiro momento da série, os dois trocam farpas, mas sejamos sinceros: Mi Ho, acaba conhecendo e acompanhando a “Maníaca de Portland’’, mais do que o próprio Dae. A série acaba com Mi Ho confessando seus sentimentos por Kitty, deixando no ar um possível romance para talvez uma segunda temporada, pois ela sorri após ele confessar seus sentimentos por ela. Essa possível conexão romântica pode ser explorada numa possível sequência.


Mi Ho e Kitty (Foto: Divulgação/Netflix) 


Quem é Simon?

Assim como Kitty, também ficamos curiosos para saber a identidade de Simon, mencionado em uma carta antiga de sua mãe. Acredita-se que ele seja alguém com quem sua mãe teve um relacionamento antes de conhecer seu pai. Espera-se que uma possível segunda temporada revele quem é essa pessoa.

 

Aos que gostam de um dorama com um estilo mais ocidental com clichês adolescentes, “Com Carinho, Kitty” deverá agradar. O estilo forçado de tentar implementar o novo conceito do Ocidente em produções coreanas pode incomodar os espectadores, mas não será um fator que abale toda a obra. Com as “pontas soltas” deixadas na série, as expectativas para uma segunda temporada crescem, com o desejo de esclarecer as questões deixadas após estes dez episódios.

 

Foto destaque: Com Carinho, Kitty. Reprodução/Netflix

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