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Brasileira que liderou o Metaverse Fashion Week fala sobre os bastidores do projeto no mundo virtual

Metaverse Fashion Week, desfile virtual que reuniu mais de 30 marcas de luxo no mundo virtual do metaverso, foi liderado por brasileira que conta os bastidores do projeto

12 Mai 2022 - 14h55 | Atualizado em 12 Mai 2022 - 14h55
Brasileira que liderou o Metaverse Fashion Week fala sobre os bastidores do projeto no mundo virtual Lorena Bueri

Giovanna Graziosi Casimiro, produtora e responsável pelo desfile, falou sobre os bastidores do projeto e as oportunidades em torno do conceito, bem como a intersecção entre metaverso e Web3.

A Decentraland, plataforma que permite aos jogadores interagir, criar, vender e comprar objetos utilizando a criptomoeda Mana, protagonizou, em março deste ano, o Metaverse Fashion Week, desfile virtual que reuniu mais de 30 marcas de luxo. A semana de moda do mundo virtual reuniu grifes como Dolce & Gabanna, Tommy Hilfiger, Forever 21 e Paco Rabanne, entre outras, no Fashion Street, espaço que foi vendido em novembro do ano passado pelo equivalente a US$ 2,5 milhões para a Metaverse Group, imobiliária especializada em terrenos virtuais.


Plataforma é baseada em navegador de mundo virtual 3D. (Foto: Divulgação/Decentraland)


A plataforma também vem estreitando relacionamento com marcas no Brasil como o Outback, que patrocinou o casamento da designer brasileira Rita Wu na Decentraland e a Housi, plataforma especializada em moradia. “Existe uma oportunidade para marcas expandirem sua identidade para além dos limites do espaço físico. Também, pela primeira vez, consumidores são capazes de construir coisas juntamente com marcas transformando o processo criativo em algo verdadeiramente interativo”, diz Giovanna sobre as possibilidades do metaverso.

Jornada ao mundo virtual

“Eu iniciei minha jornada em 2009 na área de arte e tecnologia, com pesquisa teórico-prática na área de instalações multimídia e XR na UFSM. Nesse período desenvolvi projetos com design digital, estamparia para moda, AR e instalações. Aos poucos fui me aprofundando em produzir e gerenciar projetos neste campo, e após a finalização do mestrado em Arte e Tecnologia lecionei como professora do bacharelado de Design Digital no Senac Santo Amaro, em São Paulo. Em seguida iniciei o doutorado em Open Source e patrimônio aberto na FAUUSPP, e simultaneamente passei a produzir diversos projetos de VR e AR pelo mundo. De 2016 em diante eu evoluí como produtora de XR, e acumulei experiência em diferentes áreas, inclusive computação física, IoT, instalações urbanas e consultoria para projetos relacionados a mundos virtuais e expandidos. Esse mundo me atraiu porque eu sempre gostei do lúdico, do holístico, do místico e do desafiador, e acho que a possibilidade de reconstruir a realidade é formidável. A ideia de redesenhar o mundo ao nosso redor de modo híbrido sempre me fascinou, e possivelmente a minha infância de filmes de sci-fi também contribui com isso."

O que é a Decentraland?

“A Decentraland é um mundo virtual no blockchain descentralizado e governado por seus usuários. Logo, é uma plataforma que permite a construção e acesso em tempo real de um mundo tridimensional na web e também para desktop, que funciona como um espaço de construção de comunidades, socialização, narrativas e games. Acima de tudo, consideramos a Decentraland uma experimentação social que pode apontar para o futuro das redes sociais.”

 Metaverse Fashion Week

“Eu sempre amei moda e alta costura, e trabalhei em diversos momentos com projetos relacionados a tecnologia e fashion. Porém quando iniciei na Decentraland eu havia pensado muito em como poderia me envolver mais no mercado de moda, e finalmente o projeto foi atribuído a mim pelo meu diretor criativo. Foi um presente da vida, que convergiu muitas das minhas especialidades. Quanto a experiência, foi intensa do ponto de vista da produção. Tivemos três meses totais entre onboarding das marcas, criação de briefings, produção dos distritos e coleções. Foi uma corrida contra o tempo, mas o evento com mais de 70 marcas foi um sucesso e juntou 108 mil usuários na plataforma durante 4 dias e 60 mil na área específica dos distritos de moda. Construímos 2 distritos maiores, um para marcas de luxo, outro para streetwear e digital fashion e uma passarela futurista para os desfiles de moda.”

 


Semana de moda do mundo virtual. (Foto: Divulgação/Dolce & Gabbana)


As marcas e o metaverso

 “Existe uma oportunidade para marcas expandirem sua identidade para além dos limites do espaço físico. Também, pela primeira vez, consumidores são capazes de construir coisas juntamente com marcas transformando o processo criativo em algo verdadeiramente interativo e com maior chance de sucesso. Vejo na Web3 uma oportunidade para designers expandirem suas narrativas, explorarem novas estéticas, gamificar seus produtos e convidar os consumidores para interagirem em primeira pessoa em um mundo desenvolvido para eles. Trata-se de uma oportunidade para marcas criarem o senso de pertencimento e devolver uma experiência única ao seu público cativo. Nossa relação com as marcas foi interessante, pois foi uma mistura de educação de marcas sobre o metaverso e de produção. Tudo isso foi feito com criadores de 3D da comunidade de usuários, fortalecendo ainda mais a economia criativa.”

 

Foto destaque: Gigi fala sobre as possibilidades do metaverso. Reprodução/Forbes Brasil

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