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Boris Johnson será multado por conta de festas feitas durante a pandemia

Boris Johnson, primeiro-ministro da Inglaterra, receberá multas por conta de reuniões realizadas em instalações do governo; o caso ficou conhecido com Partygate

12 Abr 2022 - 22h00 | Atualizado em 12 Abr 2022 - 22h00
Boris Johnson será multado por conta de festas feitas durante a pandemia Lorena Bueri

Nesta terça-feira (12), Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido e Rishi Sunak, ministro da finanças, foram informados que serão multados após as investigações da polícia, por conta das festas que ocorreram nas instalações do governo quebrando as regras do isolamento durante a pandemia de Covid-19, disse o porta-voz Downing-Street.

A Scotland Yard está há meses investigando denúncias de Boris Johnson e membros de sua equipe organizaram diversos eventos sociais e participaram deles, enquanto esse tipo de eventos estavam proibidos durante as restrições de 2020 e 2021 por conta da pandemia. A esposa de Johnson, Carrie Johnson, também receberá uma multa.


Boris Johnson no parlamento (Foto: Reprodução/Jessica Taylor/AFP)


Esse anúncio reviveu o escândalo chamado “Partygate”, no qual em 2021 tomou-se conhecimento de que Johnson e Sunak estavam violando as leis criadas pelo próprio governo, rendendo reações negativas dos senadores tanto da oposição quanto do próprio Partido Conservador. 

Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, exigiu que tanto o primeiro-ministro, quanto o ministro da finanças, renunciassem aos seus cargos. “Boris Johnson e Rishi Sunak violaram a lei e mentiram repetidamente para o público britânico. Ambos devem renunciar. Os conservadores são totalmente incapazes de governar. A Grã-Bretanha merece mais”.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também pediu a renúncia de Johnson. “Um primeiro-ministro que viola as leis que seu governo faz e depois mente sobre isso não é adequado para o cargo”.

“As famílias fizeram enormes sacrifícios e obedeceram à lei. Muitas se despediram de seus entes queridos ao telefone enquanto o primeiro-ministro festejava”.

Boris Johnson pediu desculpas pelas festas, que incluíram desde celebrações natalinas até a massiva despedida de um funcionário na véspera do funeral do príncipe Philip, esposo da rainha Elizabeth 2ª. No enterro, só puderam ir 30 pessoas socialmente distanciadas devido às restrições impostas pela crise sanitária.

 

Foto Destaque: Boris Johnson/Reprodução: Getty Imagens Euroupe/ Leon Neal.

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