Bolsonaro presta depoimento para inquérito sobre o ataque ao STF de 8 de janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou hoje (26) pela manhã à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar seu depoimento no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro, acompanhado de sua defesa.

A solicitação do depoimento do ex-presidente foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), no qual a PF teria dez dias para ouvir o ex-presidente.  

De acordo com a avalição de investigadores, uma postagem feita por Jair Bolsonaro no dia 11 de janeiro, colocando a prova o sistema eleitoral brasileiro, sem qualquer evidência ou comprovação, o ligaria aos atos golpistas que aconteceram no dia 8 de janeiro. A postagem foi tida como um indício de que Bolsonaro indiretamente pode ter incentivado a invasão aos prédios dos Três Poderes da República.

_{Jair Bolsonaro faz sinal positivo ao sair de carro para depoimento (Foto: reprodução/AgênciaBrasil)}

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro se apresenta a Polícia Federal este mês, em outra ocasião, o ex-presidente também compareceu a PF para depor em outro inquérito que investiga o caso das joias milionárias recebidas como presente do governo da Arábia Saudita, no qual Jair Bolsonaro é tido como suspeito de prática de peculato, crime que segundo o Art. 312 do Código Penal consiste em: “apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel público ou particular de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa”.

_{Jóias - colar e brincos de diamante de R$ 16,5 milhões (Foto: Reprodução/OGlobo)}

Neste caso, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que não sabia da existência das joias até dezembro do ano passado (2022), mais de um ano após a chegada delas ao Brasil, e ainda afirmou não se lembrar de quem deu a ele a notícia da apreensão das joias pela Receita Federal.

Foto destaque: Jair Bolsonaro na sede da PF, em Brasíia. Reprodução/CNN Brasil