Pela terceira semana seguida o preço do diesel sobe nos postos, segundo uma pesquisa de preços da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A gasolina também voltou a aumentar de preço nas bombas, indo contra a queda que estava acontecendo nas últimas duas semanas.
Segundo a ANP o preço do diesel foi de R$ 6,906 para R$ 7,568, sendo o maior preço médio verificado pelo órgão regulador. O mesmo aconteceu com a gasolina, que passou de R$ 7,23 para R$ 7,390 e também marcou preço recorde.
Com isso, o valor máximo do diesel, conforme a ANP, chegou a R$ 8,950 e pela primeira vez na história ultrapassou o preço da gasolina, que a máxima foi de R$ 8,890.
Essa variação reflete os aumentos anunciados pela Petrobras na última semana, quando houve mudança no preço das refinarias. A gasolina sofreu um aumento de 5,18%, indo de R$ 3,86 para R$ 4,06 o litro, já o diesel chegou a um aumento de 14,2% nas refinarias, com o preço nas refinarias indo de R$ 4,91 para R$ 5,61 o litro.
Mangueira de gasolina abastecendo um carro (Foto: Reprodução/Marcelo Brandt/G1)
Apesar do reajuste feito pela Petrobras, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustível) aponta que os preços dos combustíveis no Brasil continuam defasados, em relação aos valores internacionais. A diferença de 10% no caso do diesel, R$ 0,61 por litro, e de 8% na gasolina, R$ 0,34 por litro.
Todos os reajustes que vêm acontecendo desde a semana passada têm gerado grandes repercussões políticas. O presidente Jair Bolsonaro disse, no último dia 17, que vai “propor uma CPI para investigar a Petrobras” após esses aumentos.
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, elevou o tom e chamou o atual presidente da Petrobras de ilegítimo, apesar dele ter sido indicado pelo próprio Presidente da República.
No dia 18 de junho, Bolsonaro anunciou que apresentaria uma CPI contra a estatal brasileira, contudo, até agora nada foi oficializado.
Foto Destaque: Bomba de combustível. Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil.
