Saúde

As entidades internacionais unem forças para lutar contra a obesidade

Culturas pelo mundo ainda veem obesidade relacionada com prosperidade. Em seminário virtual, médicos apontam para os riscos do sobrepeso e pedem por união de forças mundialmente

06 Abr 2022 - 11h36 | Atualizado em 06 Abr 2022 - 11h36
As entidades internacionais unem forças para lutar contra a obesidade  Lorena Bueri

Semana passada ocorreu o seminário “Obesity and type 2 diabetes: a joint approach to hall the rise” (“Obesidade e a diabetes tipo 2: uma abordagem conjunta para deter seu crescimento”) e, nada mais é que, a junção das entidades: “International Diabetes Federation” e “World Obesity Federation”. Ambas pretendem trabalhar junto a Organização Mundial de Saúde, governos, acadêmicos e representantes de pacientes com a finalidade da adoção de políticas possíveis de serem escaladas a nível mundial. 

Mais recentes, os números de 2021 mostram que cerca de 537 milhões de adultos, com idade entre 20 e 79 anos, são acometidos por diabetes (número que pode chegar a 643 milhões em 2030) e existem pelo menos 1 .2 milhão de crianças e adolescentes diagnosticados com a diabetes do tipo 1. No caso, três em cada quatro vivem em países de renda média ou baixa e tal comorbidade já causou 6.7 milhões de mortes e gastos de 966 bilhões de dólares.


Obesidade é um dos fatores de risco para diabetes. (Foto: Reprodução/Lusiadas)


O seminário virtual reuniu especialistas e participantes de diferentes nacionalidades e ficou evidente que um dos vilões para a saúde continua sendo a desinformação, principalmente devido muitas culturas ainda fazerem relação do sobrepeso à prosperidade quando, na realidade, é fator de risco para diversas doenças. A professora emérita do Royal College of Physicians of Thailand, Wannee Nitiyanant comentou: “Na Tailândia, a riqueza é associada à quantidade de gordura na barriga. Se as crianças são magras, os pais acham que vão ser acusados de não alimentá-las adequadamente”. O chat do evento estava repleto de informações semelhantes compartilhadas pelos participantes. Um exemplo é o que ocorre na Nigéria onde boa parte da população não acredita que alimentos com açúcar tenham relação com a obesidade e creem que os alertas para evitar o consumo do produto não passam de uma ação para lhes negar o acesso a um estilo de vida ocidental. As atividades mais físicas como caminhar em trilhas são vistas como um sinal de pobreza. Em Gana, a obesidade é também vista como um símbolo de riqueza e as mulheres acima do peso estão no padrão de beleza. 

O professor da Universidade de Glasgow, Mike Lean criou em seu local de trabalho o Departamento de Nutrição Humana e afirmou que é preciso um esforço planetário para conseguir estimular a atividade física e interromper o ganho excessivo de peso: “Quando eu era criança, ninguém comia entre as refeições. Éramos até punidos se fizéssemos isso, mas hoje os lanchinhos são a norma. A alimentação deve ter  mais nutrientes e menos calorias. O ideal seria voltar aos padrões tradicionais, deixando de lado os ultraprocessados que a indústria nos empurra. Temos que conscientizar as novas gerações que o diabetes encurta vidas. Os jovens fumam menos graças às campanhas mostrando que o cigarro provoca câncer. Eles têm que ser alertados sobre o marketing dos alimentos industrializados”

Foto Destaque: Obesidade é tema de seminário virtual internacinal. Reprodução/Clínica Medfocus.

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