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Arquivos de judeus pedindo por ajuda no Holocausto são publicados pelo Vaticano

Vaticano publicou cerca de 40 mil documentos de judeus pedindo ajuda, na época do Holocausto. Cartas que buscam por vistos ou passaportes, por parentes deportados e asilo seguro

24 Jun 2022 - 10h41 | Atualizado em 24 Jun 2022 - 10h41
Arquivos de judeus pedindo por ajuda no Holocausto são publicados pelo Vaticano  Lorena Bueri

Nesta quinta-feira (23), o atual Papa Francisco determinou que documentos e cartas escritas por judeus na época do Holocausto fossem públicas. O vaticano liberou quase 40 mil pedidos de ajuda, todos no acervo, divididos em 70 pastas. O acesso se dá no site Santa Sé.  

Alguns arquivos já haviam sido liberados, mas apenas para pesquisadores, em março de 2020. A documentação em questão era sobre o papa Pio XII, que é acusado de ter mantido silêncio durante o Holocausto, embora estivesse vendo o assassinato de 6 milhões de judeus. O Vaticano defende o antigo papa, alegando que o mesmo salvou diversas vidas e sua falta de posicionamento era apenas para não agravar os acontecimentos.


 

Carta de judeus pedindo ajuda, disponível para ser lida em acervo digital. (Foto: Reprodução/VaticanNews)


A principal intenção de publicar abertamente, é de que pessoas encontrem parentes, descubram mais sobre suas histórias e criem vínculos com suas descendências. 

Os itens do acervo constituem em cartas provindas de toda a Europa. Os assuntos eram os mesmos: pedidos de ajuda, vistos ou passaportes e asilo, ajuda para reunir parentes ou informações de pessoas deportadas. Há também pedidos para serem soltos dos campos de concentração. Vaticano se pronunciou dizendo que os emissores das cartas tiveram um destino desconhecido.  

Um jovem alemão de 23 anos, preso em um campo de concentração na Espanha deixou um recado em uma mensagem escrita em 1942, dizendo “Há poucas esperanças para os que não tem nenhuma ajuda de fora”. Não há outras informações nos arquivos, entretanto, pesquisas do United States Holocaust Museum de Whashington anuncia que o homem foi liberto 12 meses após o envio da carta e mudou-se para a Califórnia, em segurança.  

A pressão para que as cartas e demais arquivos fossem divulgados publicamente já é de décadas, pesquisadores e historiadores viam necessidade no Vaticano promover a conscientização mundial de que o Holocausto não foi em silêncio. A publicação aconteceu após Papa Francisco se reunir com a organização internacional judia.  

 

Foto Destaque: Texto no memorial dos judeus, no Vaticano. Reprodução/G1/Menahem Kahana

 

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