Celebridades

Amigos e familiares de Milton Gonçalves prestam suas últimas homenagens ao ator

O velório de Milton Gonçalves aconteceu na manhã desta terça-feira (31) e contou com a presença de fãs, amigos e familiares que prestaram suas homenagens ao ator global

31 Mai 2022 - 13h18 | Atualizado em 31 Mai 2022 - 13h18
Amigos e familiares de Milton Gonçalves prestam suas últimas homenagens ao ator  Lorena Bueri

Na manhã desta terça-feira (31), o corpo do ator Milton Gonçalves  foi velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. A cerimônia começou às 9h30 e contou com a presença de amigos e familiares do artista. Antonio Pitanga, Mateus Solano e Valentina Herszage foram alguns dos nomes que prestaram suas homenagens a Milton.

Maurício Gonçalves, filho do ator, esteve na cerimônia e contou um pouco sobre a trajetória de seu pai, à Revista Quem: "Na década de 1960, ele casou com minha mãe -- uma mulher branca, filha de advogados e não foi fácil para ele. Meu pai foi muito marcante [pela carreira] e como pai."

Nascido em 09 de janeiro de 1934, na cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, Milton foi sapateiro, e apenas em 1957 começou sua carreira de ator. Em 1961, estreou na TV com o seriado “O Vigilante Rodoviário”, e durante seus 60 anos atuando, o artista participou de 40 novelas na TV Globo e mais de 50 produções cinematográficas. 

O ator global faleceu nesta segunda-feira às 12h30, aos 88 anos, em sua casa, no Rio, devido às consequências de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que ele havia sofrido em 2020. 

O filho do artista também agradeceu pelo apoio que está recebendo e relatou que seu pai morreu “em paz”: "Ele morreu ao meio-dia e meia hora, no apartamento dele, por complicações do AVC, mas foi tranquilo, em paz, respirando tranquilo. Obrigado por todo o carinho e mensagens recebidas."

Alda Gonçalves, filha de Milton, também contou sobre sua relação com seu pai: "Tivemos um paizinho incrível. Meus amigos e os amigos do meu irmão falavam: 'Posso adotar seu pai?'. Ele era aquele pai que levava e buscava todo mundo as festas. Ele era presente, ativo e educador. Ele enchia a casa de livros. Quando a gente era criança, tínhamos todas as enciclopédias do mercado e minha mãe, às vezes, reclamava porque a casa ficava bagunçada de discos, livros... Li O Abajur Lilás aos 8 anos. Meu pai falava: 'Deixa o livro espalhado porque um dia a criança se abaixa, puxa um livro da estante e a magia acontece, justamente o [título do] último trabalho dele, um especial de Natal, foi Juntos a magia acontece'. A dor é profunda neste momento. Vamos sentir falar do olhar feliz, da alma pura e da brincadeira permanente que fazia com todos. Ele saiu daqui zerado, com o dever absolutamente cumprido."


David Junior e Alda Gonçalves (Reprodução/AgNews/ Victor Chapetta)


O ator Antonio Pitanga relembrou momentos de luta do artista: "Tínhamos uma amizade desde a juventude. Tínhamos o desejo pela afirmação do negro. O Milton Gonçalves foi um lutador. Eu o conheci em 1959, quando ele fazia uma peça com o Teatro de Arena. Em 1965, ele estava lá entre os fundadores da TV Globo. Ele fez um chamamento para a negrada toda, para que a gente tivesse uma posição de destaque e que a gente não fosse só escravo [nas novelas]".

Antonio Pitanga (Reprodução/ Brazil News/ Roberto Filho)


Valentina Herszage relatou que seu primeiro encontro com o artista foi especial: "Foi muito bom trabalhar com o Milton em Pega Pega. Eu estava começando e ele já tinha uma jornada longa. Ele foi muito gentil comigo, assim como o personagem era. Ele era muito generoso e tinha muita humildade. Foi muito gentil e carinhoso. Lembro de estar apavorada, com medo e ele me acalmava. As cenas corriam com muita confiança. Eu tinha 19 anos e meu encontro com ele foi especial. Vários trabalhos dele são especiais. Ele permeia o imaginário de todos nós. Ontem, quis rever as cenas de Bebeth e Cristovão, nossos personagens."


Mateus Solano no velório do artista (Reprodução/ Brazil News/Roberto Filho)


Mateus Solano contracenou com Milton na novela Pega Pega em 2017 e conta que gostava de escutar as histórias que o ator contava no camarim e que enxerga o artista como um exemplo: "Guardo as melhores lembranças possíveis de um homem vibrante, um ator que segui trabalhando com mais de 80 anos. Tenho as melhores lembranças também como espectador. Tive o prazer de contracenar com ele e escutar as histórias de vida dele no camarim. Estou aqui para celebrá-lo como ator, artista, militante do movimento negro e como sindicalista em defesa da nossa classe. Ele deixa um legado de esperança e reflexão. Miltão não estava parado, estava sempre atuante. O Milton, além de profissional, era um exemplo como cidadão."

O último trabalho de Milton Gonçalves dentro da emissora Globo aconteceu em 2018, na novela O Tempo Não Para. Apesar de ter tido o AVC em 2020, Milton Gonçalves ainda participou de dois trabalhos em 2021, um filme chamado Pixinguinha, Um Homem Carinhoso e a série As Filhas de Eva.

 

Foto Destaque: Antonio Pitanga durante o velório de Milton Gonçalves. Reprodução/ AgNews/Victor Chapetta

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