Na medida em que os testes de drogas evidenciavam a companhia da maconha no sistema dos futuros empregados, a Amazon descobriu que reprovar os usuários de cannabis estava reduzindo o número potencial de funcionários em até 30%.
Sindicatos dos Estados Unidos não concordam com a decisão, em virtude de não poderem afirmar quando um trabalhador vai estar incônscio por causa do uso recreativo da planta ou não, porém o vice-presidente de operações globais da Amazon, Dave Clark, fez um post no blog da empresa para esclarecer as dúvidas da nova política e advertiu “Não vamos mais incluir maconha em nosso programa de monitoramento de drogas para quaisquer posições que não sejam reguladas pelo Departamento de Transporte; em vez disso, vamos passar a tratar estes casos como tratamos o uso de álcool”.
Caixa de entrega da Amazon (Foto: Reprodução/Ronny Hartmann/Picture Alliance/Getty Images)
Além de gerar empregos para os consumidores de maconha, a Amazon também planeja apoiar a campanha de descriminalização da cannabis por todo os Estados Unidos. Clark revelou que "Como este é um problema maior que a Amazon, nossa equipe de políticas públicas passará a apoiar ativamente uma legislação para legalizar a maconha em nível federal, removendo registros criminais e investindo em comunidades afetadas”.
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A companhia usa sistema que transmite um alerta quando um funcionário passa muito tempo sem empacotar ou transportar os produtos para os armazéns, para acompanhar em tempo real o número de pacotes analisados e manter a produtividade equilibrada. Uma porta-voz da organização reconheceu em um comunicado que “Se um funcionário de entrega não estiver em condições de trabalhar e testar positivo após um acidente ou devido a uma suspeita razoável, essa pessoa não terá mais permissão para realizar serviços para a Amazon”.
Foto destaque: Amazon apoia a contratação de entregadores que usam maconha. Reprodução/Júlio Caesar.