Equilibrar vida pessoal e profissional beneficia o coração

Estudo feito por Harvard e Penn State University constatou que, após intervenções no local de trabalho que melhoraram a flexibilidade e o equilíbrio com a vida profissional, os funcionários com um risco cardiometabólico mais alto apresentaram melhoras no índice
08 Out 2024 - 12h11 | Atualizado em 08 Out 2024 - 12h11
Equilibrar vida pessoal e profissional beneficia o coração

Adotar flexibilidade no trabalho e equilibrar melhor a vida profissional com a pessoal traz benefícios para a saúde do coração. A conclusão é de um estudo conduzido pela Harvard T.H. Chan School of Public Health e Penn State University, ambas localizadas nos Estados Unidos, e divulgado pelo The Harvard Gazette

Os pesquisadores escolheram duas empresas para o estudo, uma de tecnologia da informação (TI) e outra de serviços de cuidados intensivos. Juntas, elas totalizavam 1.528 funcionários, que tiveram sua pressão arterial sistólica, índice de massa corporal, hemoglobina, entre outros dados, registrados no início do estudo e novamente 12 meses depois.

Com base nessas informações, os cientistas calcularam uma pontuação de risco cardiometabólico para cada funcionário. Quanto mais alto, maior a chance de desenvolver uma doença cardiovascular. 

Os autores do estudo detectaram que, após intervenções no local de trabalho que melhoraram a flexibilidade e o equilíbrio com a vida profissional, os funcionários que tinham um risco cardiometabólico mais alto apresentaram melhoras no índice.

A evolução foi melhor sentida em profissionais com mais de 45 anos, em comparação com os seus colegas mais jovens. As intervenções feitas no local de trabalho envolviam capacitação de supervisores para demonstrar apoio à vida pessoal e familiar dos funcionários e novas maneiras de controlar a gestão de horário e tarefas dos colaboradores.

Gerenciamento de força de trabalho (WFM)

José Pedro Fernandes é vice- presidente da SISQUAL WFM, empresa especializada em soluções de gerenciamento de força de trabalho (WFM, na sigla em inglês).

Na sua visão, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal também depende das empresas adotarem tecnologias e mecanismos para gerenciar carga horária, elevar a produtividade e respeitar as leis trabalhistas. Fernandes cita, como exemplo, a área da saúde.

“A implementação de uma ferramenta de WFM tem impacto direto no aumento da qualidade de vida dos colaboradores e na redução de custos com recursos humanos. No caso dos profissionais da área de saúde, isso está completamente ligada às suas escalas de trabalho”, afirma.

“Sem uma ferramenta que consiga otimizar e gerar escalas justas e equitativas é impossível garantir um ambiente de trabalho salubre em grandes equipes”, acrescenta Fernandes.

Karla Spadafora, enfermeira gestora em serviços de saúde (de médio e grande porte), reforça a importância desse equilíbrio para a saúde física e mental dos trabalhadores.

“A parte laboral de um indivíduo, é um subconjunto da sua vida, que em harmonia com os demais conjuntos garante o equilíbrio necessário para uma vida saudável”, diz Spadafora, que é especializada na área de gestão em serviços de saúde.

Ela destaca ainda benefícios que a própria empresa colhe, como diminuição da rotatividade (demissões) e de faltas, aumento da produtividade e melhor retenção de talentos (se a pessoa está feliz no trabalho tem mais chances de ficar no emprego).

Para a enfermeira, é extremamente importante a conscientização e capacitação dos gestores sobre esse tema. Nesse ponto, ela concorda com Fernandes sobre a necessidade de buscar ferramentas e mecanismos que auxiliem a gerenciar a força de trabalho, incluindo escalas diárias e mensais, feriados, férias e provisões.

“Uma forma simples é automatizar tarefas específicas, como o dimensionamento, garantindo, assim, a ausência de falhas humanas, aplicabilidade das legislações vigentes e completa transparência para a liderança com produção de relatórios em tempo real”, acredita.

Spadafora acrescenta ainda a importância de estimular uma participação ativa do colaborador nas decisões, de modo a promover um sentimento de pertencimento. “Gestores que consideram o trabalhador como indivíduo em sua integralidade previnem adoecimentos físicos e mentais, garantindo crescimento com qualidade e responsabilidade, além de gerar uma melhora na qualidade dos serviços prestados aos pacientes, tendo em vista que colaboradores satisfeitos e felizes exercem com maior comprometimento suas funções”, finaliza.  

Para saber mais, basta acessar: https://www.sisqualwfm.com/pt-br/