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Chega a 50 o número de mortes em 114 acidentes aéreos neste ano

Acidentes com táxis aéreos, como o que levava Marília Mendonça, estão entre os menos comuns; registros de 50 vítimas fatais em 114 ocorrências com voos, só neste ano.

10 Nov 2021 - 19h01 | Atualizado em 10 Nov 2021 - 19h01
Chega a 50 o número de mortes em 114 acidentes aéreos neste ano Lorena Bueri

As ocorrências envolvendo acidentes aéreos brasileiros, neste ano, chegaram a 114 e o que mais impressiona é que cinquenta pessoas morreram no período até 10 de novembro. O número de vítimas fatais já é o mesmo registrado durante todo o ano de 2020, que teve 149 casos.

No Brasil, apenas 25% das ocorrências aéreas resultaram em óbitos em 2021, de acordo com um levantamento divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Os dados indicaram que as mortes ocorreram em 20 acidentes.

 

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Desde 2011, já incluindo as informações deste ano, foram 1.825 acidentes aéreos e 472 causaram óbitos, com 874 mortes. O ano de 2012 totalizou 205 ocorrências sendo o período mais crítico.  O Cenipa aponta também que houve uma tendência de queda no quantitativo de mortes e acidentes ao longo dos anos, porém entre 2017 e 2018 houve um ligeiro aumento. O último registro de fatalidade envolvendo o tráfego aéreo foi o da cantora Marília Mendonça, na última sexta-feira (5), ocasião onde morreu a artista e um tio, o produtor, o co-piloto e o piloto.

Em relação a aeronaves particulares, 29 pessoas morreram em 47 acidentes. Já em relação a táxis aéreos, como aconteceu com Marília Mendonça, dos dez casos as únicas vítimas fatais foram no voo da artista.


Avião em que estava Marília Mendonça caiu no Vale do Rio Doce, no oeste de Minas Gerais. (Foto: Divulgação/PMMG).


Um dos principais motivos constatados no levantamento do Cenipa em relação as causas das tragédias indica que a falha de motor corresponde, desde 2011, a 19,8% dos acidentes perdendo pouco para a perda de controle em voo que obteve 18,8% dos registros. Há dez anos, 63% das ocorrências foram acarretadas, principalmente por fatores operacionais e já fatores humanos são responsáveis por 35% dos registros. Quando se trata de perda de controle no solo dados são de 12,1% e colisão com obstáculo durante o voo apenas 6,9%).

A maior parte dos acidentes com aeronaves ocorrem em São Paulo. Desde 2011, o estado registrou 1.372 ocorrências sendo 23 só neste ano. Minas Gerais está em segundo lugar com 533 registros, porém 15 nos dez primeiros meses de 2021. Em terceiro vem o Rio de Janeiro que teve 475 acidentes sendo dois desde janeiro.

O estudo que contabiliza também as ocorrências por segmento detectou que 40,2% dos voos com aeronaves particulares se envolveram em acidentes. Vale ressaltar que são computados inclusive os voos de testes, sem certificados para uso regular, os chamados experimentais, que respondem por 16, 6% dos acidentes. Voos agrícolas respondem por 15,3%, os de instrução, por 13,1%, e os de táxi aéreo a 6,4% dos casos.

 

Foto Destaque: Avião que levava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, todos mortos no acidente ocorrido em MG. Reprodução/Band.

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