O Jornal Nacional, de 14 de julho, exibiu uma matéria a respeito da falta de medicamentos nas farmácias populares em cidades pelo Brasil. E nesta terça-feira (19), o telejornal mostra que muitos desses medicamentos foram deixados em estoques do Ministério da Saúde e ultrapassaram o prazo de validade.
O site “G1” destaca o caso de Vanessa. A mesma teve sintomas de dengue, porém não havia testes nos postos para poder confirmar. Ela afirma: “Não sei se foi a dengue, se foi a chikungunya, se foi zika porque não fiz exame’”.
O exame que não estava disponível para Vanessa está em meio aos 45 mil kits de detecção da doença fora da validade em estoques do Ministérios da Saúde. O veículo de comunicação destaca que, ao todo, são quase 22 milhões (sem incluir os itens que ficaram danificados) de medicamentos que passaram da validade em centros de distribuição localizados em São Paulo e Rio de Janeiro.
Marcelo Queiroga, o Ministro da Saúde. (Foto: Reprodução/O Globo)
Entre as vacinas vencidas, 3,75 milhões de doses são pentavalentes (que protegem o organismo contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Influenza tipo B), 2,75 milhões de unidades de spray para o tratamento de diabetes, 88 mil ampolas de insulina, 4,16 milhões de unidades de bactericidas e medicamentos voltados para o tratamento de Aids.
O Jornal Nacional também evidencia que são mais de 344 mil doses perdidas de imunizantes contra a Covid-19. Ou seja, um prejuízo de R$ 46,6 milhões, no total, chega a mais de R$ 243 milhões.
Vacina contra a Covid-19. (Foto: Reprodução/G1)
Tais informações foram passadas pelo Ministério da Saúde pela Lei de Acesso à Informação, isso após determinação do Tribunal de Contas da União quanto à suspensão do sigilo sobre esses dados.
A Confederação Nacional de Municípios fez um levantamento que, ao mesmo tempo em que os itens estão ficando fora da validade, há falta de uma parte deles em estabelecimentos populares em quase todo o território brasileiro. O site “Valor” aponta para os antibióticos como a amoxicilina (vencida há 742 dias) e azitromicina (há 893 dias) que, inclusive, estão em falta em 800 cidades, pelo menos.
O Ministério da Saúde informou em nota que o Departamento de Logística da pasta fiscaliza e controla todas as dependências, com o objetivo de conter risco de perdas. Para ocorrer a distribuição para estados e municípios há toda uma programação de acordo com o cronograma de rotina ou através de solicitação das secretarias estaduais de saúde.
Foto Destaque: Medicamentos. Reprodução/Poder360.