Que a vacina é beneficial à nossa saúde, isso todo mundo já sabe. Uma pesquisa da Universidade de Bar-llan em Israel publicada na revista científica Nature na terça-feira (25), informa que pessoas vacinadas têm menor chance de desenvolver sintomas da covid longa, imunizando contra sequelas crônicas, e até contra resfriados.
O estudo analisou mais de 3 mil pessoas durante a fase inicial da campanha de vacinação em março de 2021, que realizaram o teste por PCR para possíveis sintomas da doença. Total de 951 haviam tido infecção comprovada. Segundo o epidemiologista da universidade, Michael Edelstein, a conclusão diz que a vacinação ameniza os sintomas de uma nova infecção, mesmo após a imunização, “(...) É outro motivo para se vacinar”.
Teste PCR para possíveis sintomas da doença (Foto: Agência Brasil/Roque de Sá/Agência Senado)
Ainda sobre as pessoas analisadas, 54% menos dos vacinados tiveram dores de cabeça, 64% menos sentiram fadiga e 68% menos apresentaram dores musculares. A intensidade dos sintomas corresponde aos valores relatados no estudo. Uma reclamação recorrente que os pacientes relatam é sentirem que não são levados a sério ao descrever os sintomas aos clínicos gerais. Isso acontece porque é difícil de diagnosticar com precisão a covid longa.
Em 28 de setembro de 2021, um estudo publicado na PlosMedicine analisou dados de 273.618 portadores de covid e confirmou que, sintomas como cansaço, fadiga, tontura, dor muscular e falta de concentração dificilmente serão confundidos com uma infecção anterior. O relatório final demonstra que quase 60% dos infectados apresentam sintomas ainda seis meses depois. O mesmo ocorre com a gripe comum, em 40% dos recuperados apresentam sintomas parecidos à covid longa mesmo seis meses depois.
Outro motivo para se vacinar: segundo pesquisadores das universidades de Ulm e Amsterdã as vacinas contra a covid-19 disponíveis no mercado também protegem contra outros tipos de coronavírus (hCoV) e eficazes contra patógenos do primeiro vírus da síndrome aguda respiratória grave (Sars-CoV-1). "(...) a vacinação leva à neutralização cruzada eficiente da Sars-CoV-1, mas não da Mers-CoV. Em média, a vacinação aumenta significativamente a atividade neutralizadora contra [os vírus de resfriado] hCoV-OC43, -NL63 e -229E.", afirma Frank Kirchhoff da universidade de Ulm.
Foto Destaque: Vacinados tem sintomas menos severos. Reprodução/Tony Winston/MS