As pessoas que não estão com o esquema vacinal completo, são orientadas a procurarem suas respectivas unidades de saúde para tomarem as doses pendentes.
O Ministério anunciará nos próximos dias quais os grupos que receberão a nova proteção bivalente contra Covid-19. As novas versões das vacinas são uma recente tentativa de frear as múltiplas versões da variante Ômicron, que vem provocado preocupação em todo o planeta. As aplicações já são feitas em diversos países, como Reino Unido, Estados Unidos e Chile, que já começaram a incorporar as novas doses em outubro. As vacinas tradicionais foram baseadas na primeira variante da Covid-19, descoberta em Wuhan, em 2019, chamadas de monovalentes, por conter apenas uma versão do patógeno.
Com o surgimento de diversas variantes, a preocupação aumentou, embora as primeiras versões da imunização ainda fossem suficientemente eficazes. Mas com a chegada a Ômicron, surge a necessidade de uma proteção ainda mais forte. Como confirma a infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo: "A Ômicron é geneticamente bem diferente das variantes anteriores, então o escape imunológico ficou muito mais evidente. Por isso tivemos tantos casos de reinfecção e a necessidade de as vacinas serem atualizadas. As novas, em vez de contar com 30 microgramas apenas da cepa original, conta com 15 da original e 15 da Ômicron, por isso é chamada de bivalente".
Foto: Coronavirus. Reprodução / UOL
As novas doses produzem até quatro vezes mais anticorpos que a vacina tradicional. Ainda não foram divulgados os grupos que devem tomar a nova imunização, ou com qual intervalo da última dose deve ser aplicada. A expectativa é que se comece com grupos mais vulneráveis e que se torne uma dose de reforço para toda a população, mas os dados concretos e as informações necessárias ainda serão divulgados.
Segundo o Ministério da Saúde, as doses estão sendo analisadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e, assim que forem liberadas, as vacinas serão distribuídas a todos os estados e ao Distrito Federal. As pessoas que não estão com o esquema vacinal completo, são orientadas a procurarem suas respectivas unidades de saúde para tomarem as doses pendentes, e não devem esperar as novas vacinas chegarem, já que as que já estão disponíveis são uma ótima garantia de proteção contra os casos graves da doença.
Foto de destaque: Imagem ilustrativa da vacina contra Covid-19. Reprodução / Câmara dos Deputados