Saúde

Segundo o CDC, a transmissão aérea de varíola dos macacos não foi relatada

A varíola dos macacos é transmitida através do contato com as feridas ou por meio de relações sexuais com a pessoa que possui os sintomas. A CDC diz que não foi relatada nenhuma transmissão durante os voos.

10 Jun 2022 - 14h20 | Atualizado em 10 Jun 2022 - 14h20
Segundo o CDC, a transmissão aérea de varíola dos macacos não foi relatada Lorena Bueri

A transmissão da varíola dos macacos acontece por meio de pequenas partículas de vírus que ficam no ar “não foi relatada”, disseram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, segundo orientações publicadas na quinta-feira (09).

O vírus também pode se espalhar através de saliva ou secreções respiratórias que ocorre durante o contato próximo, entretanto essas mesmas secreções caem do ar rapidamente, estudos indicam que esse método de transmissão pode ser incomum.

Em contra partida de outras doenças virais como a Covid-19 ou o sarampo, o vírus da varíola dos macacos não é transmissível pelo ar, onde envolve pequenas partículas que permanecem no ar ou se espalham ou permanecem nas correntes de ar, diz o CDC.


Testes para varíola (Foto: Reprodução/Divulgação)


Nos casos em que as pessoas que têm varíola dos macacos viajaram de avião, nenhum caso conhecido de varíola ocorreu em pessoas sentadas ao seu redor, mesmo em longos voos internacionais”.

Devido ao grande potencial da transmissão da doença, a agência recomenda que as pessoas infectadas com a doença passem a usar máscara, caso precisem ficar perto de outras pessoas que moram na casa ou se houver probabilidade de contato próximo.

As máscaras também são recomendadas para profissionais de saúde e outras pessoas que possam estar em contato próximo com uma pessoa infectada.

O vírus se espalha através do contato direto com fluidos corporais ou lesões de uma pessoa infectada, materiais contaminados como roupas de cama.

Na tarde de quinta-feira, o CDC relatou 45 casos prováveis ou confirmados de varíola em 15 estados e no Distrito de Columbia. O CDC tem relatos de 1.356 casos confirmados em 31 países onde o vírus não é endêmico.

Brasil

O primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado no Brasil na quarta-feira (8), na cidade de São Paulo. O paciente é um homem, de 41 anos, que esteve na Espanha e em Portugal e apresentou os primeiros sintomas, como febre e dor muscular, no dia 28 de maio. O paciente está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista.

Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (10), o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, David Uip, afirmou que a situação não é alarmante.


Pessoa com varíola (Foto: Reprodução/Divulgação)


O indivíduo, quando tem a hipótese de diagnóstico, ele é isolado. Se esse diagnóstico repercute em uma doença clínica mais exuberante, ele é internado em um hospital, como foi esse nosso paciente internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas”, disse Uip.

Ele completa dizendo que o paciente fica isolado e o serviço de vigilância epidemiológica do estado entra em contato com todas as pessoas que tiveram proximidade com o infectado.

A doença também pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas. As medidas de proteção, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar contato próximo com qualquer pessoa que tenha sintomas.

 

Foto destaque: Passageiros com máscara em voo da Jet. BlueReuters

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