Após a confirmação da primeira morte em decorrência da váriola dos macacos no país, Arnaldo Medeiros (secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde no Brasil), reforçou durante uma coletiva de imprensa que a doença possui baixa letalidade, entretanto pacientes que possuem comorbidades e/ou imunodeficiência podem desenvolver um quadro mais grave da doença, como o caso do paciente que veio a óbito em Minas Gerais.
Segundo informações da pasta, o paciente apresentava comorbidades e baixa imunidade, além de um câncer no sistema linfático. O caso ainda está sob investigação a fim de diagnosticar o que foi determinante para o óbito, visto que o caso tem uma série de especificidades.
No Brasil já foi contabilizados 1.066 casos da váriola dos macacos e outros 513 estão sendo verificados, segundo dados do Ministério da Saúde. São Paulo já totaliza mais de 700 casos da doença.
Vírus da váriola dos macacos (IG Saúde)
Homens que mantém relações sexuais com outros homens são predominantemente os mais afetados pela doença. Vale ressaltar que apesar da incidência dos casos, a transmissão não ocorre somente pelo ato sexual em si. O paciente também pode ser contagiado após ter contato com a pele de um infectado, por exemplo.
Uma campanha publicitária com informações sobre a váriola dos macacos será lançada (a princípio no próximo mês) pelo Ministério da Saúde que visa combater a doença, disseminando informações sobre o vírus.
Diferentemente do que foi anteriormente visto no surto de Covid-19, a vacinação não é visto como o principal aliado no combate a váriola dos macacos. A Organização Mundial da Saúde não recomenda a vacinação em massa. Priorizando assim outras medidas preventivas que serão disseminadas a fim de conter a propagação da doença.
Devido ao crescente número de casos, o Brasil possui agora um Centro de Operação de Emergências (COE) contra a váriola dos macacos. A novidade foi anunciada pela Anvisa na última quarta-feira e foi oficializada ontem (sexta-feira).
Foto destaque: Váriola (Reprodução/ A Gazeta)