No Brasil existe pelo menos 16 casos suspeitos de hepatite aguda graveque vem atingindo crianças e adolescentes; elas estão sendo monitorada pelas secretarias estaduais de Saúde. Seis dos casos são do Rio de Janeiro, sete em São Paulo, dois no Paraná e um em Santa Catarina.
Entretanto, a quantidade de casos que vem sendo investigados, está tendo uma divergência com os dados informados pelo Ministério da Saúde, que, até o momento, divulgou apenas nove investigações da doença, entre eles um no Espírito Santo.
A doença misteriosa, ainda de causa desconhecida, foi detectada no país recentemente e vem chamando a atenção de pediatras e entidades médicas pela alteração elevada das enzimas intracelulares (transaminases) e, em alguns casos, precedidos por sintomas gastrointestinais.
O médico pediatra representante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, informou à CNN, que a doença pode estar relacionada a variante Omicron da Covid-19 e a suspeita é de que ela pode ter deixado uma pré-disposição em crianças para desenvolver a alteração hepática.
Criança internada no hospital (Foto: Reprodução/Divulgação)
No último dia 24, o Ministério da Saúde encaminhou aos estados um comunicado de risco alertando os serviços de saúde para ficarem atentos a casos de hepatite aguda grave. Os casos registrados no Brasil até então incluem crianças entre oito e quatro anos de idade. Em nota, a Secretária Estadual de Saúde do Rio de Janeiro solicitou atenção dos pais para o caso de as crianças apresentarem sintomas e confirmou a morte de um bebê de oito meses.
“Dos seis casos suspeitos investigados pelas vigilâncias municipais com apoio da vigilância estadual, três são de moradores do município do Rio de Janeiro (uma criança de 4 anos, uma criança de 8 anos e um bebê de 2 meses), um de Niterói (criança de 3 anos) e um de Araruama (criança de 2 anos). Um bebê de 8 meses, morador de Maricá, foi a óbito e a investigação também segue em andamento. É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas das crianças. Se houver qualquer suspeita, elas devem ser imediatamente levadas a um serviço de saúde para que possam ser diagnosticadas e tratadas”.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, informou que “está monitorando seis pacientes e aguarda a conclusão dos exames diagnósticos e de toda a investigação epidemiológica. Ainda segundo o órgão, apenas dois destes pacientes estão internados e os demais evoluem bem”.
No início de abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta mundial sobre casos de hepatite aguda grave registrados no Reino Unido em que o agente causador da doença era desconhecido.
Foto destaque: Criança com hepatite. Reprodução/Divulgação