O Brasil, além de enfrentar um aumento de casos de Covi-19, também está sofrendo com um grande surto de Influenza. Até o momento, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), são classificados três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são os que mais provocam epidemias periódicas em vários países do mundo, em contrapartida, o último prova somente alguns casos mais leves. É relevante pontuar que o tipo A contém subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Enquanto o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata.
"A cepa Darwin, que recém foi descoberta na Austrália, faz parte do tipo A (H3N2). Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no país – que assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro)", alegou Fiocruz, em recente nota.
Ademais, uma das principais preocupações é que, por algo novo, a vacina atual da gripe consegue fazer uma proteção contra essa nova cepa, mas não totalmente. A atenção é ainda maior com as crianças em relação às variantes da Influenza. Em entrevista à CRESCER, os pediatras e neonatologistas Nelson Douglas Ejzenbaum e Vanessa Mouawad, abordaram sobre os sintomas, riscos e principais prevenções dessa cepa para essa determinada faixa etária.
Brinquedo, termômetro, remédios. (Foto destaque: Reprodução/Polina Tankilevitch/Pexels)
Em relação ao principais sintomas nas crianças, eles dizem o seguinte: “Elas costumam apresentar febre alta de início súbito, prostração — os pequenos ficam bem caídos — dores no corpo e de garganta, obstrução nasal, tosse e algumas têm até broncoespasmo, ou seja, chiado no peito, assim como podem ter vômitos também”, afirmam.
Questionados sobre os principais passos e quais atitudes os pais devem adotar mediante os sintomas, os pediatras dizem que “eles [os pais] devem isolar o filho por sete dias, em caso de gripe, e dez, no caso de covid, mesmo que os sintomas sejam leves, entrar em contato com o pediatra e, se possível, coletar os testes para covid-19 e influenza. O restante do tratamento são sintomáticos: remédio para febre, inalação e lavagem com soro nasal”, finalizam.
No que se refere aos riscos, os médicos advertem que os responsáveis devem se preocupar mais com os bebês menores de 2 anos de idade, já que a imunidade deles ainda é fraca. “Além disso, fazem parte do grupo de risco: população indígena aldeada; menores em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye); crianças com pneumopatias (incluindo asma); com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação); cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);” entre outros, finalizam.
Foto destaque: Criança gripada. Reprodução/Cottonbro/Pexels