A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da vacina Nuvaxovid produzida pela empresa norte-americana Novavax e pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI). Nesta terça-feira (21), a liberação aconteceu após a vacina ser avaliada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e recomendada pelo Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da OMS.
A vacina é baseada em partículas proteicas do vírus Sars-Cov-2 produzidas em laboratório que servem de anticorpos neutralizantes, o que bloqueia o vírus. A União Europeia, que pesquisa os efeitos e riscos da Nuvaxovid desde novembro, já teria encomendado cerca de 200 milhões de doses.
Isto ocorre no momento em que o mundo está enfrentando o avanço da variante Ômicron do coronavírus que se espalha mais rápido do que a variante Delta. No Brasil, o Ministério da Saúde sinaliza a detecção de 27 casos da nova variante, sendo 16 registrados em São Paulo e os demais no Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na África do Sul, onde a Ômicron foi descoberta pela cientista Raquel Viana, a população vivencia uma explosão de casos, embora com menos hospitalizações se comparado a outras cepas do vírus.
Vacina da Novavax entra para a lista das vacinas emergenciais aprovadas pela OMS. (Foto: Reprodução/Pixabay).
Jean Castex, primeiro-ministro da França, afirmou que a variante Ômicron está se espalhando na “velocidade de um raio” pela Europa e impôs restrições para viajantes com destino ao Reino Unido – principal região afetada pela doença. Na Grã-Bretanha, somente na sexta-feira (17) foram notificados 15 mil novos casos. Holanda, Alemanha e Irlanda também tomaram medidas que visam controlar a disseminação. O país holandês decretou lockdown no período natalino e negócios não essenciais seguem fechados até meados de janeiro.
Para que os casos da Ômicron não sigam crescendo, existe a possibilidade de o imunizante ser repassado ao Covax – iniciativa da OMS para a distribuição global de vacinas. Especialistas afirmam que a vacina tem eficácia de mais de 90% contra as principais variantes da Covid-19 e o fabricante pretende oferecer mais de um bilhão de doses.
Foto Destaque: Ilustração que sugere a aplicação da vacina da Novavax. Foto: Reprodução/Flickr.