A FDA, que é a agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, designou a vacina inédita contra a gonorreia da GSK de "Fast Track". Isso indica que a inovação terá uma análise acelerada pelo órgão regulador.
Potencial vacina para tratamento de gonorreia. (Foto: Reprodução/Gazeta do Povo)
Este benefício é voltado para medicamentos e vacinas que buscam tratar e/ou prevenir doenças graves com necessidades não atendidas.
Ficando atrás apenas da herpes genital, a gonorreia é a segunda maior infecção sexualmente transmissível globalmente. Possui mais 80 milhões de novos casos a cada ano. Até o atual momento, não existe vacina para prevenir esta infecção.
A resistência da bactéria Neisseria gonorrhoeae aos antibióticos vem aumentando com os anos. Isso significa que muitos tipos de antibióticos usados anteriormente para tratar a doença, não trazem mais resultados eficazes.
A nova vacina, com grande potencial imunizante, está na segunda fase de testes clínicos. Isto representa um estágio intermediário nos estudos da vacina. Durante essa etapa, é avaliada sua eficácia em adultos saudáveis, entre 18 a 50 anos de idade e com grande risco de contrair a infecção. Este teste se iniciou em novembro de 2022 e já conta com 750 voluntários e oito países, entre eles o Brasil.
Na maioria das mulheres esta infecção é assintomática e subdiagnosticada. No entanto, se não tratada, pode levar a complicações e perigos de longo prazo, como doença inflamatória pélvica, infertilidade e complicações durante a gravidez.
Já em homens, a doença se manifesta com sintomas incômodos, como dor ao urinar e corrimento na uretra. Isso leva a uma maior facilidade de se diagnosticar a gonorreia nesse público. Entretanto, há um estigma em torno da doença que faz com que isso ainda seja uma barreira para a busca de tratamento.
Evidências também mostram que a gonorreia pode aumentar os riscos de adquirir e/ou transmitir o HIV.
Foto destaque: Vacina em potencial para tratamento de gonorreia. Reprodução/Gazeta do Povo