A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou, nesta semana, uma atualização importante no rol de procedimentos e eventos em saúde. A partir de 3 de julho, a cobertura dos planos de saúde para o tratamento de tumores de tireoide com mesilato de lenvatinibe, será obrigatória.
De acordo com a ANS, o novo medicamento aprovado terá que ser ofertado mediante a indicação médica para os pacientes em que a cirurgia e iodoterapia não tenham causado efeito. O rol da ANS determina a cobertura assistencial obrigatória para os planos de saúde, que contam com aproximadamente 50 milhões de usuários em todo o Brasil. A agência também destacou que o rol "simboliza uma grande conquista para os beneficiários e para a sustentabilidade do setor de planos de saúde", visto que "as tecnologias estão passando por um processo que inclui a ampla participação social e uma criteriosa análise técnica", finaliza a nota.
O medicamento mesilato de lenvatinibe é indicado para o tratamento de tumores de tireoide. (Foto: Reprodução/Pixabay)
Esse medicamento foi aprovado pela Anvisa em 2016, para o tratamento de carcinoma papilífero, carcinoma folicular ou carcinoma de célula de Hürthle, todos na região da tireóide. Com essa atualização, todos os pacientes oncológicos poderão contar com mais uma alternativa de tratamento para os tumores de tireoide, que são os mais comuns em relação à região da cabeça e pescoço.
Os tumores de tireoide podem afetar cerca de três vezes mais mulheres do que homens, tornando-se a quinta forma mais comum de câncer não*melanoma entre as mulheres. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), a estimativa é que sejam registrados aproximadamente 49 mil novos casos de câncer de tireoide nos próximos três anos. O risco aproximado é de 8 casos a cada 100 mil habitantes, mas essa taxa pode variar de acordo com as regiões do país. No Sudeste, por exemplo, é o terceiro tipo de câncer mais frequente (16 casos a cada 100 mil habitantes).
O principal tratamento indicado para tumores de tireoide é a cirurgia para retirada do tumor, iodoterapia e terapias hormonais. Dificilmente é feita a indicação de radioterapia ou quimioterapia.
Foto destaque: ANS. Reprodução/ANS Divulgação
