Saúde

Nova campanha de amamentação do Ministério da Saúde projeta redução das desigualdades

Com o tema “Amamentação, apoie em todas as situações”, a ação tem como objetivo garantir o direito à amamentação, em especial às lactantes em condição de vulnerabilidade, e assegurar apoio em situações de estado de emergência, calamidad

02 Ago 2024 - 13h37 | Atualizado em 02 Ago 2024 - 13h37
Nova campanha de amamentação do Ministério da Saúde projeta redução das desigualdades  Lorena Bueri

Nesta quinta-feira (1), o Ministério da Saúde anunciou a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024. A iniciativa tem como foco a redução das desigualdades em relação à situação das lactantes, garantindo que, até 2024, pelo menos 50% das crianças até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente, conforme estima a OMS.

A campanha

A Ministra da Saúde Nísia Trindade afirma que a expectativa é fazer uma campanha comprovadamente eficaz, com o objetivo de alcançar 70% do aleitamento materno até os seis meses. Segundo dados do Órgão, a lactação é capaz de, isoladamente, diminuir em até 13% a morte de crianças com idade inferior a cinco anos por causas evitáveis. Assim, além da promoção da saúde materna, espera-se uma redução considerável na mortalidade infantil.

A igualdade social também será um pilar no projeto. Com isso, a campanha objetiva assegurar o direito à assistência necessária de forma integral, em especial às mães que se encontram em situação precária ou enfrentam consequências de desastres naturais e calamidades públicas.

O recém caso das enchentes no Rio Grande do Sul atesta um exemplo de como o projeto será colocado em prática. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, um pote de 300mL pode alimentar até 10 prematuros ou bebês de baixo peso. Diante dessa necessidade, o Ministério da Saúde enviou 63 litros de leite humano ao local, com o intuito de auxiliar na nutrição dos bebês internados nos centros de atendimento neonatal do estado.



Mãe amamentando seu filho (Foto: reprodução/Pexels)


Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação

Em paralelo à campanha, o Ministério da Saúde lançará o Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, um componente essencial da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no Sistema Único de Saúde (SUS). A política reafirma a amamentação como um direito humano e promove o acesso universal e equitativo à saúde, enfatizando a integralidade e a humanização do atendimento em todo o país. A iniciativa está em fase final de pactuação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

O programa visa fortalecer e integrar ações de promoção da amamentação em âmbito nacional, incentivando o início da amamentação na primeira hora de vida e sua continuidade exclusiva até os seis meses, estendendo-se até os dois anos ou mais. Para apoiar essa meta, o Ministério da Saúde está investindo R$ 4,8 bilhões na construção de 36 novas maternidades e 30 Centros de Parto Normal, todos equipados com salas de amamentação, beneficiando cerca de 30 milhões de mulheres através do Novo PAC Saúde.

Agosto Dourado

A mobilização é resultado do Agosto Dourado, período dedicado à promoção da amamentação, destacando sua importância para a saúde e o desenvolvimento infantil. Embora o Brasil tenha mostrado progresso significativo nas taxas de aleitamento materno, ainda há desafios a serem superados. De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) de 2021, a prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de seis meses é de 45,8%, um avanço notável em comparação com os 3% registrados em 1986. Apesar desse progresso, o índice atual ainda está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere a amamentação exclusiva até os seis meses de vida.

Historicamente, o Brasil apresentou uma média de apenas dois meses e meio de amamentação na década de 1970. Atualmente, essa média aumentou para 16 meses, ou seja, um ano e quatro meses. Esse crescimento reflete os esforços contínuos em promover a amamentação como uma prática vital para a saúde das crianças e das mães. O Agosto Dourado reforça esses esforços, incentivando políticas públicas e ações de conscientização para que cada vez mais famílias adotem e mantenham o aleitamento materno.

Foto destaque: Amamentação (Reprodução/Pexels)

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