Nesta quarta-feira (06), o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo apto para a vacinação contra o HPV (Papilomavírus humano).
A ampliação do imunizante é destinada para a população masculina imunossuprimida. A partir de agora, homens de até 45 anos transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/Aids podem se vacinar. De acordo com a pasta, será adotado o esquema tradicional de três doses, independentemente da idade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode existir de 9 a 10 milhões de infectados pelo vírus no Brasil. A cada ano surgem cerca de 700 mil novos casos da infecção.
Vírus do HPV (Foto: Reprodução/Divulgação)
A mudança considera um risco quatro vezes maior de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados do que na população que não imunossuprimido.
De acordo com o ministério, pessoas que possuem doenças crônicas que causam a baixa imunidade também é considerado um dos principais fatores de risco para o contágio e a persistência do HPV no organismo.
Quem pode se vacinar:
- Meninas de 9 a 14 anos;
- Meninos de 11 a 14 anos;
- Homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos
Menina tomou a vacina contra o HPV (Foto: Reprodução/Divulgação)
A vacina HPV quadrivalente contribui para a prevenção de cânceres relacionados aos HPV 16 e 18; de colo do útero; vulva e vagina; câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres, além das verrugas genitais nos dois sexos relacionadas ao HPV 6 e 11.
Sobre o HPV
O HPV é um vírus, com diferentes tipos, que pode infectar a pele ou tecidos da boca, genitais ou ânus, em homens e mulheres, e causa verrugas anogenitais, podendo levar ao desenvolvimento de câncer, dependendo do tipo de vírus. A doença é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
A infecção pelo HPV pode não apresentar sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o vírus pode permanecer no organismo durante meses ou até mesmo anos, sem manifestar sinais visíveis ou apresentar sintomas que não são perceptíveis.
O diagnóstico do HPV é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo de como se encontra as lesões.
O tratamento das verrugas consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número ou volume.
Foto destaque: Menina tomando vacina. Reprodução/Divulgação