Começa nesta semana a fase 2 dos testes com o medicamento EYU688 contra a dengue. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início dos testes clínicos do antiviral do laboratório Novartis.
Esse medicamento atua no combate da replicação do vírus no organismo do paciente infectado e seu tratamento restringe-se em tratar os sintomas mais graves da dengue, como a desidratação, e atuar no reforço do sistema imunológico do infectado, combatendo a infecção.
Objetivo da fase dois
Nesta segunda fase, a ANVISA avaliará a segurança e a eficácia do medicamento EYU688 nos pacientes infectados com a doença. Esta pesquisa também vai examinar como o organismo se comporta, se absorve corretamente o medicamento, distribui, metaboliza e elimina o fármaco. As informações são importantes para se entender como a substância do remédio age no corpo humano.
Como serão os testes
Ao todo, serão 38 voluntários, com alguns pacientes infectados aleatoriamente com os quatro sorotipos do vírus da dengue existente. Os testes serão aleatórios duplo-cego, ou seja, parte dos voluntários receberá o novo medicamento e outros receberão placebo, para ser comparado os resultados e assim identificar a eficácia e os efeitos do fármaco.
Os testes do novo medicamento começarão em breve (Foto: reprodução/Luis Alvarenga/Getty Images Embed)
Testes em outros países
Além do Brasil, a empresa Novartis Biociências está realizando testes clínicos do medicamento em outros países, na Malásia, Índia, Cingapura e Vietnã. O laboratório tem sede em São Paulo. O medicamento EYU688, segundo a ANVISA, age em uma proteína existente na membrana do vírus da dengue e visa impedir a replicação da doença no organismo humano.
O que diz a ANVISA
A Agência afirma em nota que "Ensaios clínicos são os estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para demonstrar a segurança e a eficácia do medicamento experimental para a indicação proposta” e que, caso os benefícios superem os riscos majoritariamente, o fármaco poderá ser registrado na ANVISA e ser distribuído no mercado interno.
Para isso acontecer, a empesa, após ser aprovada pela Agência, deverá entrar com um pedido de autorização para a disponibilização do medicamento nas farmácias brasileiras.
Foto Destaque: mosquito da dengue, Aedes aegypti, responsável por transmitir a doença (Reprodução/MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images Embed)