Saúde

Lipedema: saiba como tratar e identificar doença que atinge mais de 11% das mulheres

Dores, baixo autoestima, hematomas, inchaço e problemas com mobilidade são alguns dos problemas que mulheres com a doença convivem.   

18 Mai 2023 - 21h00 | Atualizado em 18 Mai 2023 - 21h00
Lipedema: saiba como tratar e identificar doença que atinge mais de 11% das mulheres Lorena Bueri

De acordo com a nútrologa Paula Frederich poucas pessoas sabem de fato o que é a lipedema. Em entrevista para a Revista Quem, a doutora contou sobre a associação que fundou justamente para propagar esta causa; associação Brasileira de Pacientes de Lipedema. Paula disse que a criação da ABRALI foi motiva principalmente para auxiliar os pacientes da doença. "Muitas pessoas não sabem que têm lipedema. Por isso criamos uma associação voltada para acolher essas pacientes com dúvidas sobre o assunto" contou. 

 A doença atinge em sua grande maioria o público feminino e é desencadeada por questões emocionais, alterações hormonais ou genética. 

 

Como identificar?

Os sintomas da doença cronica geralmente aparecem nos braços e pernas, aumentando a gordura do membro. A gordura gerada pela doença é complicada de ser ‘secada’ por exemplo por exercícios físicos somente. Em mulheres portadoras é possível perceber que com o exercício físico e dietas, outras partes do corpo irão emagrecer e os braços e pernas não ‘secam’ com a mesma facilidade e agilidade. 

 Os pacientes devem procurar um tratamento completo e que encadeie processos para auxiliar na diminuição da gordura nesses locais. Os portadores de Lipedema tem dificuldade para ganhar massa muscular, o que acaba gerando, visivelmente muitas celulites nas pernas e braços. 


 

Perfil do Instagram da ABRALI. (foto/reprodução: Instagram)


 

Entrevistada pela Quem, a psicóloga Elisangela Niná descreve como os pacientes geralmente se sentem em relação a doença e quais possíveis distúrbios podem ser desenvolvidos. 

"A grande maioria das pacientes com lipedema apresenta alguma comorbidade psiquiátrica. A dificuldade em aceitar o padrão físico diferenciado colabora para a manutenção de muitos comportamentos inadequados como a autoexclusão social, distorção de imagem e insegurança afetiva. Boa parte das pacientes com lipedema relatam sentir um alto nível de constrangimento ao ter que mostrar o membro afetado e, por esse motivo, muitas vezes, preferem se isolar. Dessa forma, elas restringem a possibilidade de novos constrangimentos. 

Segundo Elisangela, os pacientes optam por não querer relacionamentos, criar vínculos  em tentativa de se esconderem os corpos dos outros  e evitarem que  forma do corpo seja visualizada.  

Como tratar? 

O paciente precisa mudar os hábitos e estilo de vida para tratar de forma mais incisiva a Lipedema. Uma dos hábitos que os portadores podem tomar: 

Atividades físicas para melhorar a circulação  

Não ingerir alimentos que possam causar inflamações 

Atividades aquáticas como hidroginástica e natação 

 

 

Foto Destaque: Imagem de paciente com Lipedema. Reprodução/ Saúde em Dia
 

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