De acordo com o laboratório Dasa, uma nova recombinação da variante Ômicron, do coronavírus, foi detectada em uma criança de 3 anos que reside em São Paulo. Uma recombinação acontece quando o paciente é infectado por uma ou mais variantes ao mesmo tempo, o resultado é uma mistura no material genético dentro do corpo da pessoa.
A coleta desse material foi realizada em 26 de fevereiro de 2022, por meio do teste PCR. A criança apresentou resultado compatível com a sublinhagem BA.2, da ômicron. A recombinante, possui uma parte genética já conhecida e uma distinta, não havia sido descrita em outras amostras no Brasil e no mundo.
Vírus SARS-CoV-2 (Foto: Reprodução/Divulgação)
No entanto, para que seja reconhecida como uma nova linhagem recombinante, é preciso ter mais 4 amostras de pessoas diferentes com as mesmas características genéticas do vírus.
O Dasa também informou a detecção de outras duas recombinantes em crianças todas identificadas como a XE, as mesmas já foram detectadas previamente no Reino Unido e também pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Os pacientes possuem 10 anos e as coletas das amostras foram feitas em 11 de março.
A variante ômicron, é considerada extremamente transmissível, e vem sendo substituída no mundo todo por sua subvariante, a BA.2, também conhecida como "ômicron silenciosa".
Até meados de março, a variante mais comum no planeta era a BA.1, que causou surpresa aos especialistas por seu alto nível de transmissibilidade, embora fosse menos perigosa do que outras já existentes. Mas agora a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a subvariante BA.2 representa quase 86% dos casos sequenciados.
Foto destaque: Criança no hospital. Reprodução/Divulgação