Adultos que tenham 40 anos ou mais e que não possuem problemas prévio de saúde, podem consumir álcool moderadamente, pois pode beneficiar a saúde, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, derrame e diabetes, conforme diz o estudo publicado nesta quinta-feira (14), na revista cientifica “The Lancet”.
De acordo com o estudo, uma dose-padrão é definida como 10 gramas de álcool puro, como por exemplo:
- Uma taça pequena de vinho tinto (100 ml) a 13% de álcool por volume
- Uma lata ou garrafa de cerveja (375 ml) com 3,5% de álcool
- Uma dose de uísque ou similares (30 ml) a 40% de álcool
Porém, a revista aborda que existe um risco aumentado para a saúde de jovens que consomem álcool comparado com adultos mais velhos.
A análise relata que o risco do álcool por região geográfica, idade, gênero e ano, tem como sugestão que a recomendação para o consumo de álcool deve ser baseada na idade e localização dos indivíduos. Segundo os especialista, em diretrizes mais rígidas deve ser direcionadas para homens entre 15 e 39 abis, que possuem maior risco para que o consumo moderado de bebida alcoólica acabe virando um vício.
Drinks (Foto: Reprodução/Divulgação)
O estudo usou estimativas no consumo de álcool em 204 países, os pesquisadores calcularam que cerca de 1,34 bilhão de pessoas consumiram quantidades nocivas em 2020.
Em todas as regiões do mundo, o maior gênero da população que bebe em quantidades consideradas fora do limite de segurança eram homens de 15 a 39 anos. Nessa faixa etária, o consumo de álcool não oferece nenhum benefício à saúde, podendo apresentar diversos riscos, além de quedas e lesões.
De acordo com o estudo 60% dos casos ocorrem entre pessoas nessa faixa etária, incluindo acidentes automotivos, suicídios e homicídios.
“Nossa mensagem é simples: os jovens não devem beber, mas os mais velhos podem se beneficiar bebendo pequenas quantidades. Embora possa não ser realista pensar que os jovens adultos vão se abster de beber, achamos importante comunicar as evidências mais recentes para que todos possam tomar decisões informadas sobre sua saúde”, diz a autora sênior Emmanuela Gakidou, professora de Ciências de Métricas de Saúde do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME, em inglês) da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores reconhecem que existe algumas limitações no estudo, incluindo que os padrões de consumo de álcool não foram avaliados. Significando que o estudo não distinguiu entre os indivíduos que raramente se envolvem com embriaguez pesada e aqueles que consomem a mesma quantidade de bebida alcoólica por vários dias.
Foto destaque: Mulheres consumindo bebida alcoólica. Reprodução/Divulgação