A obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid começa a cair progressivamente no Brasil e já é uma realidade em países como os EUA e França. Alguns estados brasileiros liberaram o não uso da máscara em locais abertos. De acordo com especialistas, mesmo em espaços abertos há casos em que o cuidado precisa ser mantido, porém, existem sim, dados que podem basear a retirada das máscaras em determinados espaços.
Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont e membro do Observatório Covid-19 BR, afirma que menos de 1% das transmissões da COVID acontecem em lugares abertos, nesta perspectiva é plausível a liberação das máscaras nesses lugares. Entretanto, Vitor explica que os governantes e órgãos não podem apenas flexibilizar, há necessidade de uma comunicação efetiva com a população de que ao ar livre não é risco zero, e uma exigência maior do uso de máscaras em lugares fechados.
Máscara jogada no chão de Washington, capital dos EUA (Foto: Reprodução/Kevin Lamarque/Reuters)
De acordo com especialistas, mesmo com as novas ordens de flexibilização do uso das máscaras, muitos ainda defendem que em espaços fechados e com excesso de pessoas é necessário exigir o uso de máscaras. Mesmo nos Estado Unidos, onde houve a liberação em regiões com bons indicadores, o governo federal exige o uso de máscaras em outros transportes públicos.
Segundo Carlos Zárate-Bladés, imunologista e pesquisador do Laboratório de Imunorregulação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é preciso que a população entenda que não existe um lugar “100% seguro”, mas sim uma forma de exposição que oferece menos riscos, ou seja, deve se ter uma consciência de comportamentos de menos riscos, não locais.
O imunologista ainda ressalta que, devido ao vírus se espalhar por microgotículas que são exprimidas através da fala e da respiração, quando o ambiente é fechado elas podem ficar por até duas horas no ar, tempo suficiente para serem inaladas por outras pessoas e se explorarem.
Foto Destaque: Prefeituras flexibilizam uso de máscaras. Reprodução/Fabiano Rocha/Agência O Globo