O suicídio de idosos é um fato que preocupa o mundo. Muitos se queixam da solidão de envelhecer, ao perder amigos e ser esquecido pela família. Esse isolamento, além de ser uma complicação para a saúde mental, é também um problema pela demora do socorro. Nos Estados Unidos, maio é o mês da conscientização para as questões de saúde mental, desse modo aconteceu um seminário online focado na problemática do suicídio na terceira idade.
Um dos participantes, Jeffrey Shutz declara sua triste história de vida. Há 10 anos perdeu seu filho para o suicídio, um caso extremamente delicado para qualquer pai. O senhor de 63 anos conta que havia largado boa parte da vida para se dedicar ao filho, sofredor de uma severa depressão.
Conta ainda que após a morte do filho começou a sofrer com o estresse pós-traumático e depressão profunda. A partir desse caos, há 3 anos acabou saindo da empresa que trabalhava, e somado ao isolamento veio a dificuldade financeira. O senhor começou a planejar sua morte para que parecer acidental, assim sua esposa não perderia o seguro de vida americano.
Entre os fatores de risco que propiciam os idosos a tirarem suas próprias vidas estão: Depressão, isolamento, alguma doença, sentimento de incapacidade e inutilidade, acesso a ferramentas para tirar a própria vida. Além disso, são mais frágeis fisicamente, e uma tentativa que poderia ser recuperada em um jovem, acaba levando o idoso a morte mais facilmente.
Solodão (Foto: Reprodução/Pixabay)
Cerca de 70% dos casos acontecem através de armas de fogo, e geralmente, a pessoa se sente incapaz por conta de alguma dor ou doença que impossibilita ela de fazer as ações do cotidiano, como trabalhar ou praticar algum hobby. Isso leva a uma depressão e crise existencial, e o fim já sabemos.
Portanto, se conhecer algum idoso com essas condições, procure ajuda profissional e familiar para evitar o agravamento do caso.
Foto Destaque: Carinho com idoso. Reprodução/Pixabay