Ex-jogadora de vôlei, Isabel Salgado, morreu por causa da Síndrome Aguda Respiratória do Adulto, conhecida pela sigla SARA. A condição é induzida por vírus ou bactérias e causa danos nos pulmões, o que acaba atrapalhando a respiração.
Isabel foi internada na última terça-feira (15/11), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde foi entubada. Ela foi colocada em uma máquina que ajuda no funcionamento do pulmão (chamada de ECMO), mas não aguentou e faleceu nesta quarta (16/11). O corpo foi cremado nesta quinta (17/11), no Rio de Janeiro.
A especialista médica em infectologia, afirmou que a média de mortalidade por SARA entre todas as faixas etárias varia de 30% a 50%. A síndrome é muito próxima à SRAG, Síndrome Respiratória Aguda Grave, que ficou popular durante a pandemia da Covid-19. Nos dois casos, idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades têm uma chance maior de desenvolver formas graves.
Isabel Salgado. (Foto: Reprodução/Instagram)
"Não existem métodos para prever ou evitar a SARA, mas existem procedimentos para prevenir determinadas doenças que podem levar à SARA. Já possuem imunizantes para a Covid-19, para a influenza, para pneumonia... São prevenções indiretas, mas que ajudam", afirma Ana Helena.
A médica Renata Castro também ilustra que "pneumonia (como foi o caso de Isabel Salgado), trauma, pancreatite e outros ferimentos como afogamento e queimaduras podem ocasionar a SARA".
"Nestes casos, ocorrem ferimentos dos alvéolos (as unidades de troca gasosa nos pulmões), com grande formação de fluidos que acabam atrapalhando ainda mais a troca de oxigênio nos pulmões. Esse tipo de lesão alveolar difusa ocorre devido à queda importante da saturação de oxigênio no sangue. Essa falta de oxigênio, se não for revertida de forma rápida, acarreta isquemia de diversos órgãos, incluindo cérebro, rins e coração, o que pode gerar óbito", explica a médica especialista e diretora executiva da Ipanema Health Club.
A SARA em sua maioria ocorre, de 24 a 48 horas após doença original ou ferrimentos, mas pode demorar 4 a 5 dias para acontecer. O paciente no início sente falta de ar, normlamente com uma respiração acelerada e superficial.
Foto destaque: Isabel Salgado. Reprodução Instagram.