Médico psiquiatra pela UFRJ, com vasta experiência em transtornos mentais, Dr. Ervin Cotrik explica o diagnostico de crises de pânico, da cantora Wanessa Camargo que revelou durante sua participação em um programa está passando por esse momento complicado, segundo a cantora as crises de pânico voltaram como consequência de uma série de fatores, como a morte do seu avô, a pandemia e um aborto que sofreu em 2021.
"Aquilo lá trás que eu achei que tinha resolvido, veio... Olha, vamos resolver, porque você não resolveu nada disso aqui. Você apenas tomou remédio e ficou bem", contou ela.
Wanessa Camargo (Foto: Reprodução/Instagram)
Wanessa também contou que as recentes crises foram bem diferentes das primeiras: "Comecei a ter crises. E descobri que o pânico muda. Ele não tinha nada a ver com os sintomas de quando tive a primeira. Era tontura, que eu não tinha nos outros, e um arrepio... Meu corpo entrava em choque", relatou.
A cantora ainda adiantou que dessa vez ela optou por fazer o tratamento sem o uso de medicamento: "Vou encarar isso sóbria. Não posso colocar nada porque eu preciso entender o que está acontecendo. O motivo de, depois de 15 anos, estar voltando a ter a mesma coisa. Resolvo não ir para o remédio, mas sou acompanhada por terapeuta, faço toda semana."
Dívida milionária, infidelidade, agressão... Relembre as polêmicas da família Camargo:
De acordo com o Dr Ervin Cotrik, a prevalência de transtorno de pânico ao longo da vida pânico está na variação de 1 a 4%. “As mulheres têm três vezes mais probabilidade de serem afetadas do que os homens, ainda que o subdiagnóstico de transtorno de pânico em homens possa contribuir para a distribuição distorcida”.
Dr. Ervin Cotrik (Foto: Reprodução/Divulgação)
Segundo o especialista Dr Ervin, o ataque com frequência começa com um período de 10 minutos de sintomas rapidamente crescentes. Os principais sintomas mentais são medo extremo e uma sensação de morte e tragédia iminentes.
Os pacientes em geral não podem designar a fonte de seu medo; podem se sentir confusos e ter problemas para se concentrar. Os sintomas físicos costumam incluir palpitações, falta de ar, tremor e sudorese.
Os pacientes tentam sair de qualquer situação em que estejam e procurar auxílio. O ataque dura, em média, de 20 a 30 minutos e raramente mais de uma hora. No transtorno de pânico, os episódios além de súbitos e recorrentes, são imprevisíveis e não relacionados à um estímulo conhecido.
É uma patologia que traz intenso sofrimento e prejuízo funcional, mas felizmente, tem tratamento (que geralmente, é feito com Antidepressivos e Psicoterapia).
Foto destaque: Dr Ervin Cotrik. Reprodução/Divulgação