Neste domingo, 24 de Abril, é marcado o Dia Mundial da Meningite e tem o objetivo de trazer a importância do diagnóstico, da prevenção, do tratamento e das melhorias ao público médio sobre a doença, pois o agravamento do quadro podem trazer sequelas ao paciente. Desafio para a saúde pública, a meningite é a inflamação da membrana do cérebro e podem ser causadas por vírus, fungos, bactérias ou parasitas, sendo que a meningite bacteriana é a mais grave e gera maior impacto global.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada dez pacientes, um morre em decorrência da doença e dois ficam com sequelas. A doença é considerada agressiva pela instituição, pois sua taxa de letalidade é alta e deixa sequelas ao longo do tempo. Calcula-se que 5 milhões de pessoas são afetadas pela meningite todo ano ao redor do mundo.
Aqui no Brasil o Ministério de Saúde considera a meningite como endêmica, ou seja, não é possível ser erradicada e devemos aprender a conviver com ela. Em diferentes áreas geográficas a meningite bacteriana é mais comum entre o outono e inverno, enquanto a viral é mais comum na primavera e no verão. As principais espécies de bactérias que levam a doença são Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Neisseria meningitidis (meningococo), Haemophilus influenzae, Treponema pallidum, Listeria monocytogenes, Mycobacterium tuberculosis, Streptococcus sp., Escherichia coli, entre outras.
A vacina é a principal forma de prevenção contra Meningite. (Foto: Reprodução/ Pfizer)
Já a meningite viral pode ser causada por Enterovirus não pólio Epstein-Barr, Herpes simplex, Citomegalovírus, Varicela zoster, arbovírus, rubéola, sarampo, caxumba, adenovírus, entre outros. E o Ministério da Saúde ressalta que a doença também pode ter origem em processos inflamatórios como o câncer, no caso de metástase, traumatismo craniano, cirurgias cerebrais, lúpus, e reações algumas drogas.
A doença de categoria bacteriana se transmite por meio das vias respiratórias, através de gotículas, secreção do nariz e da garganta. Por outro lado a viral é transmitida através do contato com a pessoa infectada, como por exemplo, apertar as mãos e em seguida levá-la aos olhos, boca e nariz. Outra forma possível de ser infectado é entrar em contato com as fezes da pessoa infectada, assim como água e alimento também.
A meningite pode manifestar através do mal-estar, vômito, náusea, confusão mental e sensibilidade à luz. Seu agravamento leva a convulsões, tremores, delírios e ao coma. Ao sentir sintomas semelhantes aos listados, um profissional qualificado deve ser consultado e, após o diagnóstico e exames laboratoriais, o tratamento pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou da Vigilância epidemiológica.
O paciente deve ser internado e monitorado, devido ao nível de agravamento do quadro clínico, enquanto se recupera espontaneamente, mas pode ser tratado com uso de antimicrobianos em ambiente hospitalar. Como forma de prevenção da meningite bacteriana recomenda-se a imunização através das vacinas, assim como previsto no Programa Nacional de imunizações. De acordo com Ministério da Saúde, entre 2007 e 2020, 393.941 casos de meningite foram notificados no Brasil.
Foto Destaque: Imagem computadoriazada destacando a região afetada pela Meningite. Reprodução/ Getty Images
