Neste sábado (30) acontece o Dia D da Vacinação contra sarampo e gripe em todo o território brasileiro para crianças de seis meses a cinco anos de idade. De acordo com o Ministério da Saúde, 9 milhões de doses foram aplicadas em trabalhadores de saúde e idosos de 60 anos ou mais até o momento. O governo federal disponibilizou 80 milhões de doses para cobrir toda a demanda sendo que 77,9 milhões de brasileiros são o publico prioritário da campanha; destes, 30 milhões são de idosos.
Para o sarampo 20 milhões de doses foram adquiridas e distribuídas aos estados brasileiros em todo o Brasil. A estimativa é que 12,9 milhões de crianças sejam vacinas contra o sarampo. A primeira etapa desta campanha começou no dia 4 de abril para idosos de 60 anos ou mais se imunizarem contra a influenza; a próxima etapa inicia-se na segunda-feira, 2 de Maio, e estende até 3 de junho para as doenças citadas não tendo período de intervalo entre as duas.
Campanha de vacinação contra influenza e sarampo. (Foto: Reprodução/ Agência Brasil / Fábio Rodrigues Pozzebom)
Em 2016, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) condecorou o Brasil com certificado de eliminação do sarampo, no entanto, em dois anos o país confirmou o novo surto da doença, com mais de 9 mil casos. Para a oficial de saúde do Fundo das Nações Unidas para criança (UNICEF) Stéphanie Amaral existe a preocupação sobre a reintrodução do sarampo e poliomielite no país.
“A cobertura da pólio, por exemplo, chegava a quase 100% em 2015, em 2019 teve queda para 84% e em 2021 caiu muito mais drasticamente, para 67%. Isso é muito preocupante porque estamos correndo risco de que essas doenças voltem, elas têm gravidade e podem levar à mortalidade, a pólio traz a paralisia infantil e também a morte. É uma situação agravada que a gente precisa reverter não podemos aceitar que crianças morram e sofram por doenças facilmente preveníveis por vacinas”, alerta Amaral.
Segundo Ministério da Saúde, entre 2018 e 2021 mais de 39 mil casos de sarampo foram confirmados em território brasileiro, deixando 40 mortes pela doença. Para o presidente do departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Marco Aurélio Sáfadi, reitera que a vacina é a forma mais eficaz de prevenção contra doença. “Sarampo é um problema prioritário. Ela demanda uma alta cobertura da vacinação e, infelizmente, estamos longe disso”, lamenta Sáfadi.
De acordo com governo federal, no ano passado, a amplitude da primeira dose da tríplice viral, contra rubéola, sarampo e caxumba foi de 71% e de 50% para segunda. A estimativa para o ano de 2022, pelo Ministério da Saúde, é cobrir 95% do público infantil com uma campanha.
Foto Destaque: Governo Federal estima vacinar 95% da população de criança nesta campanha. Reprodução/ Agência Brasil
