Apesar de não estarmos mais vivendo no auge da pandemia, com mortes descontroladas e com o mundo todo em caos, a covid-19 ainda não se extinguiu completamente. Ainda há pessoas doentes, ainda há falta de tratamento em alguns lugares e ainda há mortes acontecendo por causa da doença.
Segundo a sede europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), em um registro feito nesta terça-feira (27), há cerca de mil mortes por semana no velho continente causadas pelo coronavírus.
O diretor regional da sede, Hans Kluge, comentou sobre o assunto, e destacou que a situação é pior do que os números apresentam.
“Continuam a ocorrer quase mil mortes por semana na região e esse número está subestimado devido à diminuição dos países que notificam regularmente as mortes. Embora já não seja uma emergência de saúde pública global, a Covid-19 não desapareceu”.
Segundo os dados que foram apresentados por Kluge, 36 milhões de pessoas em todo o continente podem ter desenvolvido a “Covid longa”, que é a persistência dos sintomas nos indivíduos, mesmo após não haver mais infecção. Isso significa que um a cada trinta europeus passaram e passam por esse problema.
De acordo com o jornal Le Monde, diário francês, essa fala e esses argumentos utilizados pelo diretor da sede, é uma forma de pressionar as autoridades para assegurar a cobertura vacinal de 70% da população que ainda não foram atingidas em diversos países da Europa.
Europa ainda não atingiu a marca de 70% de vacinas em diversas regiões do país (Foto: Reprodução/Marcello Casal - Ag Brasil)
Esse número de 70% foi dado pela própria OMS em janeiro de 2022, afirmando que era o percentual ideal para combater e conter o avanço das variantes da Covid em todo o planeta.
Vale lembrar que a própria OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional referente à doença, no dia 5 de maio deste ano.
Só na Europa a Covid já matou mais de 2 milhões de pessoas desde o começo da pandemia, segundo dados retirados do portal da Reuters.
Foto destaque: Diretor regional da OMS Hans Kluge comentando sobre Covid-19. Reprodução/Alexander Astafyev - Reuters
