Um estudo feito pela universidade britânica King´s College London e divulgada na renomada revista científica The Lancet, mostrou que quem teve sintomas da covid por mais de três meses, a chamada Covid longa, teve uma "névoa cerebral", que pode causar um envelhecimento no órgão, de até dez anos.
Realizada em duas etapas durante um ano, a pesquisa contou com 3.335 voluntários que participaram de diversos testes cognitivos, de controle motor, memória de trabalho e atenção, entre os anos de 2021 e 2022.
Segundo os dados divulgados, as pessoas que tiveram os sintomas por mais de três meses, conhecida como Covid longa, tiveram déficits de memória comparáveis a um aumento de dez anos, e aumento leve e moderado de sofrimento psicológico.
Os efeitos foram maiores nos voluntários que possuem menor escolaridade e níveis de estresse acima do limite.
Mesmo com os dados, os pesquisadores afirmam que ainda não se pode dizer se os déficits diminuem com o passar do tempo.
Pacientes com sintomas de Covid longa precisam procurar acompanhamento médico (Reprodução/Freepick/senivpetro)
Pacientes com sintomas leves
O estudo divulgou que não foi encontrado nenhum déficit cognitivo naqueles que se curaram por completo após quinze dias. Segundo um dos autores, isso foi considerado como uma ótima notícia.
O que é a Covid Longa
É considerada Covid Longa quando o paciente mantém os sintomas da doença por, no mínimo, três meses após ter contraído a mesma.
Segundo dados da OMS, em média 10% a 20% das pessoas infectadas pelo coronavírus, tiveram a Covid longa.
Os principais sintomas da Covid longa são fadiga, falta de ar e problemas relacionados a memória; porém, está em estudo uma série de outros sintomas relacionados à doença.
Ela afeta uma grande quantidade de pessoas e traz sofrimentos, impactando diretamente na qualidade de vida.
Grupos de risco
Entre os que representam grupo de risco, estão aqueles que já possuíam uma comorbidade antes de contrair a Covid-19, pessoas que não se vacinaram e as que foram hospitalizadas por conta do coronavírus e precisaram de cuidados prolongados.
As vacinas bivalentes continuam a serem oferecidas como doses de reforço para toda a população adulta nos postos de saúde do Brasil inteiro.
Foto destaque: Pesquisadores. Reprodução/Freepick/DcStudio