Segundo informações antecipadas pela CNN ontem (11), o Ministério da Saúde decidiu se posicionar contra a aplicação da quarta dose de vacina no Brasil.
A decisão foi tomada após a realização de uma reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI). Na avaliação da câmara, há necessidade de evidências científicas mais concretas para a inclusão de mais uma dose de reforço no esquema vacinal. A exceção nessa decisão são as pessoas que integram o grupo de pessoas imunossuprimidas.
"Chegou-se à conclusão de que não há recomendação de se instituir, no momento, a quarta dose de vacinas Covid à população brasileira, exceto imunocomprometidos", informou o Ministério através de documento publicado posteriormente a reunião.
Os técnicos que compõem o comitê defende que a quarta dose não deve ser aplicada porque as pessoas que já tem o esquema vacinal completo (reforço e duas doses) estão protegidas contra o vírus e possível agravamento da doença.
A CTAI manteve a orientação de que pessoas imunocomprometidas acima de 12 anos devem tomar a dose de reforço. É recomendado que após a conclusão do esquema primário de vacinação - primeira dose, segunda dose e dose adicional - mais uma dose de reforço. Essa dose deve ser aplicado quatro meses depois da terceira dose (ou dose adicional).
Paciente em tratamento contra o câncer (Foto: Reprodução/Nutritotal)
Pacientes com HIV, pessoas que passaram por um transplante, pacientes em tratamento contra o câncer são alguns dos exemplos que integram o grupo de pessoas imunossuprimidas.
O Estado de São Paulo, em contrapartida, irá iniciar a aplicação da quarta dose contra a Covid em Abril. A estratégia foi definida pelo Programa Estadual de Imunização após análise de experiências e evidências dos benefícios da dose extra de vacina em outros países. Será contemplado o público geral acima de 60 anos.
Anteriormente, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou ser contrário à quarta dose. A previsão para a próxima semana é de novos debates.
Foto Destaque: Vacina da Covid-19. Reprodução/Agência Brasil