Saúde

Consumo de drogas e álcool: SUS registra aumento nos casos de transtornos mentais

O Sistema Único de Saúde (SUS) fez um levantamento em que mostra o aumento nos casos de transtornos mentais relacionado ao uso de drogas e consumo de bebidas alcoólicas. Jovens lideram a pesquisa.

22 Fev 2022 - 18h30 | Atualizado em 22 Fev 2022 - 18h30
Consumo de drogas e álcool: SUS registra aumento nos casos de transtornos mentais Lorena Bueri

O consumo de álcool e drogas aumentou muito nos últimos anos. Mas junto com o uso excessivo, também vem problemas além do vício, como as consequências psicológicas e emocionais.

Em um levantamento feito no ano passado (2021), o Brasil registrou mais de 400 mil atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) voltados a transtornos mentais e comportamentais, em quase todos os casos, relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas e diversos tipos de drogas.


Consulta médica. (Foto: Reprodução/iStock)


O número levantou um alerta a médicos e especialistas pelo aumento de cerca de 12% na quantidade de casos em comparação ao ano anterior (2020), fazendo uma reflexão sobre até que ponto esses químicos podem impactar na vida das pessoas.

Outro ponto alarmante, é a faixa etária mais atingida. Segundo a pesquisa, os jovens são os que apresentam mais instabilidade, sendo 303,7 mil do registrado, com a idade entre 24 e 27 anos. Em seguida, os adolescentes, entre 10 e 23 anos, sendo 49,4 mil.

Os mais velhos, acima dos 60 anos, não ficam atrás, pois também representam um número alto, sendo 38,4 mil deste total. Além da grande quatidade, o sexo masculino é a maioria na procura por assistência psicológica.

Por dar suporte a todos os tipos de dependência química, o SUS tem sido muito procurado por pessoas com este problema. Por um lado, o interesse por este atendimento é muito importante para garantir tratamento e resultado, mas por outro lado, chama atenção  sobre a dependência química por parte dos brasileiros nos últimos anos.


Bebida alcoólica. (Foto: Reprodução/Getty Images)


No país, a forma de ajuda só é possível através de profissionais, como médicos, psicólogos, psiquiatras, além de psicoterapia, grupos de apoio e ajuda familiar. No entanto, o processo é um pouco mais complexo, pois exige autodisciplina e reconhecimento do dependente.

Segundo especialistas, com a pandemia provocada pela Covid-19 nos últimos dois anos, a vulnerabilidade emocional disparou. Além das consequências já enfrentadas, o período de isolamento intensificou a instabilidade, fazendo alguns ficarem ainda mais dependentes. Mas graças ao SUS, hoje, há tratamentos gratuitos que podem ser feitos com todo cuidado.


Logo do SUS (Sistema Único de Saúde). (Foto: Reprodução/Getty Images)


Contudo, é muito importante enfatizar o papel de amigos e familiares para que o tratamento aconteça, além da continuidade em seguir na busca por resultados, principalmente no período de abstinência. No entanto, a responsabilidade social também tem sua relevância por meio de campanhas sociais e investimentos governamentais.

Foto destaque: Pessoa desorientada. Reprodução/Getty Images.

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