Saúde

Cientistas eliminam o vírus HIV de células infectadas em pesquisa promissora para cura da AIDS

Estudo realizado por uma equipe de cientistas da Holanda mostra resultados otimistas na fase inicial da pesquisa através de método revolucionário de edição genética

24 Mar 2024 - 14h33 | Atualizado em 24 Mar 2024 - 14h33
Cientistas eliminam o vírus HIV de células infectadas em pesquisa promissora para cura da AIDS Lorena Bueri

Em uma pesquisa realizada na Universidade de Amsterdã, na Holanda, uma equipe de cientistas conseguiu, por meio de um método conhecido como "técnica CRISPR de edição genética", eliminar o vírus HIV de células infectadas, o que pode representar enfim, no futuro, a cura de uma das doenças mais letais do século passado e ainda cheia de estigmas, a AIDS. 

Rumo à cura

“Esses achados representam um avanço fundamental no desenvolvimento de uma estratégia de cura“, afirmam os cientistas responsáveis pela descoberta em artigo publicado para o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas.

Usando a técnica CRISPR de edição genética em laboratório, os pesquisadores eliminaram o vírus HIV nas células infectadas. O HIV usa as unidades de defesa para se multiplicar e, por isso, a ideia é eliminá-lo completamente do organismo — assim, os remédios não precisariam ser administrados pelo resto da vida do paciente. 


Pesquisa pode significar um passo mais próximo da cura da doença (Foto: Reprodução/@kjpartender/freepik)


A pesquisa sobre uma possível cura do HIV será apresentada durante o 34º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (Eccmid 2024), na Espanha. De forma preliminar, os autores do estudo publicaram um preprint — artigo científico sem revisão feita por pares — na plataforma Research Square.

Resultados ainda prematuros

Proveniente da relação sexual sem preservativo e da infecção por meio do compartilhamento de materiais não reutilizáveis como agulhas e seringas, com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV, a AIDS permanece como uma doença sem cura, mesmo que seja possível, tanto para o paciente portador do vírus HIV, mas sem a manifestação da AIDS quanto para o paciente com a doença em seu sistema imunológico, se ter uma vida quase normal, se feito o tratamento de maneira correta. 

No entanto, embora com resultados otimistas, ainda não se pode afirmar que a descoberta representará uma cura efetiva para a doença, visto que os estudos da pesquisa são considerados extremamente prematuros. Além disso, a edição genética em grande quantidade - procedimento utilizado para o estudo - consiste em um processo muito complicado, cujos médicos e estudiosos ainda não mensuraram os efeitos colaterais da técnica e, portanto, imprevisível. 


Portadores do vírus e da doença ainda sofrem preconceito na sociedade (Foto: reprodução/@diana.grytsku/freepik)


Em estatísticas publicadas no site UNAIDS em 2022, existem aproximadamente 39 milhões de pessoas no mundo vivendo com o HIV em 2022. Até o momento, seis pacientes foram considerados “curados” da AIDS ao realizarem transplante de medula óssea, método ainda não confirmado de cura pelos cientistas;

É importante ressaltar ainda que a AIDS não tem uma cura comprovada até o momento, mas possui tratamento, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O paciente infectado, se seguir o tratamento - normalmente baseado no uso de antivirais específicos para a doença - da forma correta, pode ter uma vida praticamente normal. 

Foto Destaque: Embora sem cura, a AIDS possui tratamento que possibilita uma vida quase normal ao paciente (Reprodução/Science Photo Library - SCIEPRO via Getty Images embed)

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