O Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, localizado na região central do Rio de Janeiro, hospital da rede pública da cidade, divulgou estudo em que cientistas teriam conseguido clonar as células vivas do tumor com intuito de fazer pesquisas sobre o tratamento da doença. A técnica inovadora permitiria o tratamento do tumor sem trazer riscos aos pacientes.
A cura do glioblastoma que é o tipo mais agressivo de tumor é um dos maiores desafios para no meio científico no mundo, embora as pesquisas ainda estejam no início, cientistas dizem que ao simular as condições da doença fora do organismo, o processo para entender como a doença se desenvolve ajudará no estudo.
Por meio de biópsias, células são retiradas do paciente e preparadas por semanas, incubadas em uma máquina que simula o cérebro humano. Gradativamente o tecido volta a se formar reproduzindo toda complexidade do cérebro, mostrando como agem os tumores agressivos no organismo. O objetivo é entender a particularidade de cada tumor e testar medicamentos capazes de combater a célula maligna sem comprometer as células saudáveis ao redor.
Vivaldo Moura Neto, diretor de pesquisa do Instituto Estadual do Cérebro, explica que essa nova tecnologia permite que manuseiem o tumor a qualquer lugar, testando medicamentos antigos e novos que possam dar um retorno positivo com relação à doença.
Outras frentes de pesquisas também estão em andamento, cientistas brasileiros viram indícios de que vírus da Zika ao ter contato com as células tumorais, as atacam para se reproduzirem, na visão dos cientistas a destruição dessas células malignas beneficiaria o paciente.
Pesquisa científica para combater o câncer (Foto reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)
Quais os graus de glioblastoma?
O Glioblastoma uniforme é considerado um tipo de câncer cerebral perigoso quando está no estágio mais avançado da doença, porém existem tratamentos disponíveis. O tumor se desenvolve a partir de células do nosso sistema nervoso, este tipo é agressivo e pode se proliferar rapidamente, por isso é importante detectá-lo logo no início.
A maioria desses tumores afeta pacientes com idade acima de 40 anos, já o grau 1 da doença afeta a população infantil. Existem vários graus que determinam os estágios da doença.
Grau 1: É um tumor que cresce lentamente, aparece na nuca, por não entrar no cérebro, após o tratamento é considerado a cura.
Grau 2: É um tipo raro, localiza-se nas têmporas, causa convulsões e após cirurgia se tem a cura.
Grau 3: É uma lesão invasiva e agressiva, a cirurgia não é eficaz e a quimioterapia é necessária.
Grau 4: É um tumor altamente agressivo, que rapidamente destrói as células cerebrais.
Os sintomas clínicos mais frequentes são dor de cabeça continua, principalmente na parte da manhã, falha na visão, turva ou dupla. As crianças podem apresentar falta de coordenação motora, desequilíbrio e irritabilidade constante.
Paciente de tratamento de câncer (Foto reprodução/Justin Sullivan/GettyimagesEmbed)
Existe cura para câncer no cérebro?
A cirurgia é sem dúvida a melhor opção para esse tipo de doença, é retirado uma parte do tecido tumoral para análise, as cirurgias oferecem a possibilidade de retirada da lesão com segurança, diminuindo o inchaço na região do tumor e facilitando a resposta às terapias, quando indicadas. A decisão de realizar uma biópsia simples dependerá de vários fatores como a localização do tumor e as condições clínicas do paciente no momento.
Foto destaque: Clone de células de tumor cancerígeno (Reprodução/G1)