Butantan espera aprovação da Anvisa para o uso da CoronaVac em crianças

O Instituto Butantan segue com novo pedido à Anvisa para a vacinação de CoronaVac em crianças e adolescentes, após o primeiro ser negado. Nesse novo requerimento, os dados contam com resultados obtidos dos testes feitos em outros países, como China.

26 nov, 2021

Em novo pedido que planeja ser enviado na próxima semana à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Instituto Butantan espera autorização para que crianças e adolescentes, entre 3 e 17 anos, sejam vacinados com a CoronaVac. Em agosto, três meses atrás, a agência já havia recusado o primeiro pedido feito pelo laboratório. Na ocasião, os diretores da Anvisa relataram que faltavam informações e solicitaram mais documentos que comprovem a segurança e a eficácia do medicamento nessa faixa etária. Nesse novo requerimento, o Butantan deve ressaltar os resultados da vacinação com a CoronaVac em crianças no Chile e China, países que já autorizaram o uso da Coronavac em crianças a partir de 3 anos.

 

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No dia 09 de novembro, o Butantan já havia divulgado também novos dados sobre a segurança da vacina contra Covid-19 em crianças e adolescentes. De acordo com o Instituto, os resultados preliminares dos testes clínicos de fase 3 que já estão acontecendo na África do Sul, no Chile, nas Filipinas e na Malásia comprovaram que o imunizante é totalmente seguro para crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos.

 

Os testes estão sendo realizados desde outubro e já envolveram 2.140 pessoas com faixa etária de 6 meses a 17 anos. Os estudos ainda continuam para uma melhor avaliação da vacina em bebês de 6 meses a 3 anos. Os dados adquiridos foram administrados pela Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela criação da CoronaVac, e parceira do Butantan no desenvolvimento da vacina no Brasil.


Criança segurando seringa. (Foto: Reprodução/cottonbro/Pexels)


Segundo as pesquisas do instituto, a vacina é segura e eficaz para essa faixa etária. Os pesquisadores afirmaram que uma resposta imunológica positiva foi observada em 96% dos participantes. 

 

Sobre as reações adversas, segundo as informações divulgadas pelo jornal South China Morning Post, cerca de 18,6% dos voluntários obtiveram. Os efeitos regionais e sistêmicos, incluíam, principalmente, dor no local aplicado e dor de cabeça. Esse resultado foi melhor, comparado com os testes da aplicação das primeiras doses que teve 26,6% de voluntários com efeitos adversos.

 

Foto destaque: Menina sendo vacinada. Reprodução/CDC/Pexels

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