O Brasil registrou 909 mortes causadas pela Covid-19 nesta terça-feira (15), número consideravelmente maior se comparado ao início do ano, quando as mortes estavam em queda e o número de casos em alta. Para os últimos sete dias, a média móvel de mortes é de 847.
Além disso, foram notificados 123.827 novos casos conhecidos da doença em 24 horas - em 03 de fevereiro, o país bateu o recorde de 300 mil novos casos do coronavírus. Nesse sentido, a média móvel de casos nos últimos 7 dias chegou a 127.077.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou que as mortes por Covid-19 vêm aumentando pela sexta semana consecutiva nas Américas. O encarregado de acompanhar a pandemia da Opas, Sylvain Alighieri, acredita que a situação de aumento de mortes e declínio de casos pode estar associada ao desenvolvimento da doença, que pode levar semanas para agravar e gerar hospitalizações, seguidas de possíveis mortes.
A maior parte dos estados brasileiros encontra-se em alta no número de mortes, com exceção de Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Roraima e Ceará, que estão em estabilidade, e o Amazonas, em queda.
Dados disponibilizados pelas secretarias estaduais de saúde. (Foto: Reprodução/G1).
No país, a tendência de aceleração da média móvel é de (30%), levando em consideração as quatro regiões brasileiras: Nordeste (31%), Norte (34%), Sudeste (40%) e Sul (37%). Em estabilidade, somente o Centro-Oeste.
No início deste mês, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Ministério da Saúde está realizando o controle da doença, que, segundo ele, ainda não atingiu o pico de sua contaminação. Queiroga declarou que há espaço para novos leitos de UTI, e o apoio aos estados está sendo realizado sempre que necessário.
A líder técnica da resposta à crise sanitária da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, participou de uma sessão de perguntas e respostas ao público onde disse que se os números continuarem subindo, novas cepas poderão surgir. Em São Paulo, foi confirmado o segundo caso da subvariante BA.2 da Ômicron, que tem maior potencial de transmissão.
Foto Destaque: Cemitério. Reprodução/MICHAEL DANTAS/AFP/Globo.