Em meio a uma explosão de novas cepas e variantes do Covid-19, eis que surge mais uma, a BA.2 é uma subvariante da variante Ômicron (BA.1), e parece ser mais transmissível do que a sua cepa original (BA.1).
Além disso, um recente estudo dinamarquês mostrou que a BA.2 tem mais chances de infectar pessoas vacinadas do que a BA.1. Por causa disso, os cientistas acreditam que essa subvariante irá atrasar o declínio dos casos de covid em lugares que ainda não passaram pelo pico da Ômicron.
Ampola com vacina contra Covid-19 (Foto: Reprodução/Artem Perez)
O geneticista e diretor Laboratório Genetika, disse o seguinte quando questionado sobre o caso:
“A BA.2 se mostra ainda mais infectante e escapa das vacinas mais do que o Ômicron original. Seu avanço deve arrastar um pouco a onda que achávamos que iria cair tão rapidamente quanto subiu. Mas não vai haver um novo pico” explicou o geneticista.
Um dos membros da Equipe de Resposta à Covid-19, da Organização Mundial de Saúde, expôs que a BA.2 pode rapidamente está substituído a BA.1, virando cepa dominante, entretanto, afirmou que a nova cepa possui poucas chances de causar um grande estrago.
“Olhando para outros países onde o BA.2 está ultrapassando [a BA.1] agora, não estamos vendo nenhum aumento maior nas hospitalizações do que o esperado” disse o especialista durante uma coletiva.
Apesar da BA.2 ainda ser considerada uma subvariante, com 32 mutações iguais da Ômicron, também possui 28 mutações únicas. Alguns cientistas acreditam que por elas terem tantas diferenças que a BA.2 deveria ser classificada como uma nova variante, e deveria receber a preocupação que uma variante exige.
“Ela é mais diferente da BA.1 do que a Alfa é diferente da sequência de Wuhan . Isso significa que há uma chance de ela não ser mais considerada um subtipo da Ômicron e sim uma nova variante de preocupação, com uma denominação própria” disse Raskin.
Mesmo que BA.2 tenha mais chances de infectar uma pessoa vacinada do que o Ômicron, alguém vacinado tem menos chances de transmitir a doença para mais pessoas. Por tanto, vacinas continuando sendo importantíssimas no combate contra a covid.
Foto em destaque: Tiro Microscópico De Um Vírus. Reprodução/CDC.