A Argentina bateu novamente seu recorde de contaminações por Covid-19 em um só dia nesta quinta-feira (06), pelo terceiro dia consecutivo. A marca chegou a quase 110.000 casos após o surgimento da nova cepa, a variante Ômicron, que é três vezes mais infecciosa do que a variante Delta - contudo, têm os sintomas mais fracos. Esse aumento de casos, está induzindo a uma terceira onda no país.
Apesar do registro de 109.608 novos infectados, num cenário de final de ano com centros turísticos lotados, isso não se refletiu nas internações e mortes por Covid-19. Segundo a imprensa, esses dois fatores estão abaixo das informações que foram documentadas durante a segunda onda pandêmica no país. Até o momento, o total de mortos nas últimas 24 horas foi de 40 pessoas.
Dados que a situação de países com o Covid-19. (Foto: Reprodução/Atypeek Dng/Pexels)
“Não temos um impacto forte nas unidades de terapia intensiva e menos em termos de mortes”, relata a Sonia Tarragona, chefe de gabinete do Ministério da Saúde para a rádio local Urbana Play. "Os casos são leves ou moderados e não estão colocando pressão sobre o sistema de saúde."
A região mais afetada foi a província de Buenos Aires, que notificou 30 mil casos de Covid-19. Um recorde comparado à semana passada, no qual foram registrados cerca de 17.759.
De acordo com o ministro da Saúde da província de Buenos Aires, Nicolás Kreplak, o local teve um aumento de 2100% nos novos casos de Covid-19 em sete semanas em seu distrito. Em comparação, a onda anterior, em que seu aumento foi de 400% em oito semanas.
"Isso se deve ao fato de termos uma circulação muito importante da variante ômicron, mas também a uma mobilização social que faz com que tenhamos um dos verões mais importantes que se tem registro no nosso país", diz Kreplak, justificando os dados com a temporada turística no país.
Ademais, Tarragona, chefe de gabinete do ministério da saúde, afirma que não sabe "qual será o limite máximo para infecções". Entretanto, outros estudiosos no caso, apostam que a quantidade verdadeira de casos, entre os 45 milhões de habitantes do país, é bem maior do que os dados oficiais relatados, visto que muitos cidadãos não fazem o diagnóstico e nem procuram ajuda médica.
"Hoje, na Argentina, poderíamos ter cerca de 150.000 ou 200.000 casos de novas infecções por dia", disse o bioquímico Jorge Geffner à agência Reuters.
Ainda, tendo em vista esse panorama, o bioquímico acredita que o pico maior de infecção do coronavírus pode acontecer em meados de janeiro
Por enquanto a Argentina, administrou a primeira dose da vacina em 83% da população, já 71% receberam as doses completas. Contudo, as doses de reforço ainda só foram aplicadas em 10% dos habitantes.
Foto destaque: "Surto de doença coronavírus (Covid-19)", traduzido para o português. Reprodução/Markus Spiske/ Pexels